Agora é tarde para sobreviver,
Nada lhe resto além da vasta escuridão.
Ouvem-se cochichos pelos corredores do hospital,
Que chegam aos seus ouvidos, parecendo-lhe
natural.
Tudo parece diferente do começo,
O mundo se tornou incerto e perigoso.
Armadilhas lhe cercaram, levando-a ao chão,
Sua cabeça se manteve erguida, e sua esperança
viva.
Sorrisos lhe foram roubados,
Sua alma, decapitada, “em praça publica”.
Um mundo inteiro devastado por nada,
E uma vida arrancada por tudo.
Ao corredor principal, ouvem-se os barulhos dos
aparelhos apitando,
Entretanto, de segundo um a outro o mundo se
silencia,
Não só o dela, mas o de todos,
Mais um par de olhos se fecha para sempre.
De recordação, uma lápide sem “vida”,
Guardando para si rancor e tristeza.
Contendo em si uma pergunta: “Who want not live
forever??”
Seguida de uma resposta: “I not want...”.
Gabrielle Colturato