terça-feira, 4 de março de 2014

Pois a vida é bela...

Sei que esta passando por um momento difícil. Eu também estou. Mas a vida merece ser vivida. Mesmo sendo cheia de declives, dificuldades, obstáculos. Ela necessita ser vivida com toda a intensidade possível, por mais que muitas vezes não faça por merecer tal esforço. Porém, por pior que ela possa ser, ou estar, a vida é bela.

Também sei, que existem muito mais motivos para acabar contigo, e te deixar no "chão", mas nessas horas temos que nos lembrar de todos os momentos que nos permitimos sorrir, e ser felizes. Pois, “nossas vidas, muitas vezes, podem ser um trash total. [...] Mas, por mais péssimos que seus dias possam ser, por mais triste que você possa estar. Sempre. Sempre mesmo, existirá algo, ou alguém que mudará isso. Que tirará um sorriso de seus lábios. E que, pelo menos por alguns “segundos” mostrará-lhe o quão a vida é bonita.”.

É difícil acreditar no que eu digo, sei que é, pois sendo sincera, na maioria das vezes nem eu mesma acredito. Mas eu posso lhe provar que a vida VALE A PENA. E hoje eu sei o quão espetacular ela pode ser, independente de todas as coisas ruins. E acredite no que direi a você, essas muitas coisas ruins, só ajudarão você a ser muito maior do que você é, minha pequena.


Gabrielle Colturato for Ana Gonçalves

sábado, 1 de março de 2014

Cidades de Papel


“Escute, filho. O negócio é o seguinte: algumas pessoas, normalmente as meninas, têm o espírito livre, não se dão bem com os pais. Esses adolescentes são como balões de hélio presos por um barbante. Eles fazem força na direção oposta ao barbante e fazem mais força, até que logo algo acontece, o barbante se rompe e eles vão embora, voando. E talvez a gente nunca mais os vejas. Eles pousam no Canadá ou algo assim, começam a trabalhar em um restaurante, e, antes que se deem conta, o balão passou trinta anos miseráveis na mesma lanchonete servindo café. Ou talvez daqui a uns três ou quatro anos, ou três ou quatro dias, os ventos dominantes tragam o balão de volta para casa, seja porque ele precisa de dinheiro ou porque tomou juízo, ou porque sente falta do irmão caçula. Mas preste atenção, filho, o barbante sempre arrebenta. […] O problema com esses balões é que existem muitos deles. O céu está lotado deles, esbarrando uns nos outros enquanto voam por aí, e, de um jeito ou de outro, todos esses malditos balões acabam na minha mesa, e depois de um tempo um sujeito acaba ficando desanimado. Balões para todos os lados, e cada um deles com uma mãe ou um pai ou, Deus me livre, os dois, e depois de um tempo não se consegue mais enxergá-los individualmente. Você olha para todos aqueles balões lá em cima e consegue ver todos eles, mas não consegue enxergar apenas um. — Ele faz uma pausa e inspirou profundamente, como se tivesse acabado de se dar conta de alguma coisa. — Mas de vez em quando você conversa com um garoto cabeludo e de olhos arregalados e se sente inclinado a mentir para ele, pois ele parece ser um garoto legal. E você se sente mal por ele, porque a única coisa pior do que o céu cheio de balões que você vê é o que ele vê: um céu azul imenso com apenas um balão. Porém, uma vez que aquele barbante se rompe, filho, você não pode remendá-lo. Compreende o que estou dizendo?”
—  Cidades de Papel, John Green