sábado, 20 de abril de 2019

Resenha: O Diário de Myriam


O Diário de Anne Frank
é um livro conhecido mundialmente como um dos relatos mais marcantes sobre da Segunda Guerra Mundial e foi declarado um patrimônio da humanidade, pela UNESCO. Em seu diário, a jovem judia, relatava a rotina de sua família enquanto tentavam se esconder dos nazistas.

Os registros de Anne Frank chocaram a humanidade, mas, infelizmente, eles não foram impactantes o suficiente para que o mundo impedisse que outras histórias como essa fossem contadas. 

Setenta anos após o lançamento de O Diário de Anne Frank, nos deparamos com uma obra similar, dessa vez escrita por uma jovem síria que vivenciou o início dos conflitos que perduram no Oriente Médio até hoje. 

Publicado em 2018 pela editora Darkside após uma publicação sobre o original ser feita no portal do jornal Joca e mobilizar mais de duzentos leitores, O Diário de Myriam traz a público a história de Myriam Rawick, uma menina síria de 11 anos que vivia com sua família em Jabal Sayid, um bairro de Alepo, onde nasceu e cresceu. Entretanto, o avanço dos rebeldes obriga sua família a abandonar o lugar que sempre chamaram de lar.

Por meio de seus relatos, acompanhamos a trajetória de Myriam no decorrer de seis anos que parecem intermináveis e que refletem a realidade de inúmeras famílias que perderam suas casas, seus bens, seus familiares, seus empregos, seus direitos de cidadãos e, em alguns casos, suas vidas. Além disso, observamos a ingenuidade infantil de uma criança se transformar em instintos de sobrevivência após vislumbrar as atrocidades que os seres humanos podem fazer contra seus iguais.

Cada página dessa obra desencadeia uma angústia incontrolável, um desejo arrebatador de oferecer uma condição de vida melhor para todas aquelas pessoas e uma expectativa de que Myriam e sua família saíam ilesos dessa situação desoladora. Entretanto, basta fazer uma breve pesquisa no Google para saber que essa guerra está longe de acabar.

O Diário de Myriam é uma obra comovente que, apesar dos horrores descritos, provoca a curiosidade e a busca por mais informações sobre o confronto sírio. Com sua doçura e ingenuidade, Myriam cativa o leitor ao mesmo tempo que parte seu coração, de modo que a leitura se torna uma mescla de sentimentos conflitantes: indignação, desespero, empatia, esperança.


Escrita por Gabrielle Colturato



sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

O tempo voa que a gente nem vê
A rotina é louca, às vezes faz esquecer,
Mas a saudade fica
E o pensamento, está sempre em você.

A vida perdeu um pouco do sentido,
E por que seria diferente?
Toda lembrança é uma alegria, um meio de reviver.
E por mais que o choro aperte, e deixe bolado
Só cabe gratidão por te vivido ao seu lado.

Onde quer que esteja
Seja no céu ou em outro paraíso,
Nunca se esqueça, seu sem juízo,
O quanto tu foi e é amado.


Gabrielle Colturato