Em algum momento você já se encarou no espelho e se questionou "o que diabos eu 'tô' fazendo da minha vida?". Já olhou para si mesmo e não foi capaz de se reconhecer? Já sentiu como se você fosse um grande erro na sua própria vida? Ou como se você estivesse preso no corpo de outra pessoa, vivendo experiencias que não te pertencem?
Espero que esses sentimentos nunca tenham feito morada no seu coração, mas, no meu, eles tem sido cada vez mais recorrentes.
Constantemente, eu penso que imaginava coisas diferentes para a minha vida, que estaria tendo outros tipos de experiências a essa altura do campeonato. Talvez um emprego diferente ou uma graduação mais satisfatória. Eu acreditava que me sentiria um pouco mais realizada com as minhas conquistas pessoais.
Eu estaria mentindo se dissesse que há cinco ou dez anos eu sabia dizer, com absoluta certeza e exatidão, onde e como eu gostaria de estar aos vinte e três anos. Contudo, não é como se eu, atualmente, estivesse onde e como eu acho que deveria estar.
Sejamos honestos, planejamento nunca foi o meu forte. Pode-se dizer que eu dedicava mais o meu tempo sonhando e criando teorias conspiratórias na minha cabeça em vez de definir objetivos e arquitetar planos efetivos para que eles fossem concretizados? Talvez. Com certeza.
É muito mais fácil idealizar uma vida perfeita do fazer por onde para que ela se torne uma realidade. E, cá entre nós, a execução sempre desencadeia uma certa insegurança na gente.
Entretanto, mesmo sabendo que sou uma sonhadora completamente fracassada na arte do planejamento, eu esperava que essa sensação de derrota não se aplicasse em tantos aspectos da minha vida. Mas se aplica, a quase tudo.
Gabrielle Colturato
