quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Foi Ali...

Foi ali,
Por entre as curvas do seu sorriso,
No cantinho onde a barba encontra a boca,
Onde a areia é molhada pela onda.
Foi ali que naufraguei e me afoguei.

Foi ali,
Na sua gargalhada descontrolada,
Na sua intensidade espalhafatosa,
No seu riso fácil e no seu abraço.
Foi ali que te vi e  te enxerguei, e aí me encantei.

Foi ali,
Quando tocou-me, todo caloroso,
No meio daquela conversa boba.
Foi ali,
No instante que ouviu-me atentamente e olhou-me,
No momento exato quando seu olhar sorriu para mim,
E o meu sorriu de volta
.

Foi ali que me apaixonei!

Foi ali que tudo mudou,
Ali que meu coração acelerou,
Minha pupila dilatou,
Minha mão suou,
Meu sorriso se afrouxou,
E tudo o que eu tinha certeza, se dissipou.

Foi ali que você me transformou e me fez mais contente!
E então, foi ali, que arrebatou-me,
E aí, por ti, me encantei!


Gabrielle Colturato

domingo, 25 de setembro de 2016

Você

Minha linda flor eu insisto em procurar
Procuro seu sorriso
Procuro seu olhar
Esse seu jeito diferente
Seu modo de falar

Quando penso em você 
Sei que posso ser melhor
Sei que posso chegar a qualquer lugar
Quando caio ao chão
Você é a força que me faz levantar
Que me faz lutar, lutar e sempre lutar

Ao seu lado me sinto forte e fraco ao mesmo tempo
Sinto medo, sinto coragem
E aos poucos começo a perceber 
Que ai é o meu lugar
Perto de um sonho, perto de um amor
Sim, pois é junto de você que quero estar...



Fabricio Almeida Silva

Ahhh, a Poesia! ♡

Ela amava a Poesia,
Tal como
Toda a liberdade que esta lhe permitia.

Por meio dela, 
Sua paixão virava amor,
Facilmente,
Em versos singelos. 

Ela amava a Poesia,
E tão bem a manipulava.
Transformava, por meio dela,
Todo sorriso em melodia. 

Ahhh, a Poesia!
Tão doce e tão bela
Como ela! 

Com suas mãos cálidas,
Ela escrevia, aqui e ali,
Mais uma bela Poesia. 

Emponderando-se de toda sua autonomia
Abusava das palavras e, 
A elas, dava vida! 

Ela amava a Poesia,
E vestiu-se dela,
E tornou-se pura rima!
Ela amava a Poesia, 
E foi assim que virou Poetisa. 

Era tanto amor dentro dela,
Que em um momento decidiu-se transbordar,
E por aquele sorriso, ela permitiu-se se apaixonar.

Agora, ela ama ainda mais a Poesia,
Pois através dela se fantasia,
Junto com tudo aquilo que ela sente e sentia.

Ahhh, a Poesia!
A Poesia que permite a ela, se declarar,
Sem sequer uma palavra falar! 

Ahhh, aquela menina,
Que amava e ama a poesia!
E abusa, para se declarar,
De toda a Liberdade Poética que há! 



Gabrielle Colturato

domingo, 11 de setembro de 2016

Redação - O Medo

Medo... Afinal, o que é medo? O que é isto que causa-nos tremor e desespero em situações inusitadas, que faz nosso coração palpitar freneticamente, nosso corpo suar e nossa calmaria, definitivamente, se ausentar. O que é isso que, na calada da noite, vem nos assombrar e trás consigo nossos piores e mais aterrorizantes pesadelos. Prazer, eu sou o medo!

Não é fácil definir, as vias de fato, o que é medo sem cair nos termos biológicos, que alegam mil e uma baboseiras, ou nos termos psicológicos, que dizem ser mera imaginação do nosso subconsciente. Apaga! O medo vai muito além do que a ciência pode desvendar. Para explica-lo e "dar algum sentido" ao medo, temos que ir à raiz do problema. Para compreende-lo, é necessário saber o que o causa.

Este nosso adorável amigo, que faz-se presente durante cada etapa de nossas vidas miseráveis, e que durante cada uma dessas é e será usado como uma fonte eficaz de chantagem. Casa. Escola. Trabalho. Vida. Mais cedo ou mais tarde, ele dá as caras e joga algo na sua.

Em pleno século XXI, "o século da tecnologia e globalização", o medo é só mais um dos artifícios utilizados para manipular a sociedade. Sendo uma ótima fonte de lucro para os detentores do poder, que instauram o terror, mansamente, e causam o caos.

Seria fácil dizer que o medo é algo natural de todo ser humano e que estamos todos fadados a senti-lo, porém não é normal viver diariamente uma guerra ao terror, mascarada, onde quer que estejamos, tendo como única saída e solução aceitar e seguir nossas vidas como se nada ocorresse, como se vidas não fossem tiradas, como se o caos não existisse nem fosse implantado, diariamente, na sociedade, como se tudo, de fato, estivesse normal.

Seria muito mais fácil estender esta ilusão e todo essa papo furado que nos obrigam a engolir, mas ninguém, em momento algum, disse que seria fácil! E, sinceramente, muito me leva a crer que jamais será!