quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Quando interromper minha leitura é mais clichê que derrubar meus livros

Como leitora assídua, e tendo como primeira paixão a leitura, sempre peguei-me sonhando com o momento em que esbarrasse em qualquer belo cavalheiro que, apressadamente, derrubasse todos os meus livros e cadernos no meio do corredor ou do pátio da escola. Depois disso, trocariamos olhares apaixonados, ele ajudaria-me a recolher os cadernos e papéis espalhados que ele mesmo ajudou a derrubar. Então seguiriamos nossos rumos e assim, ficaríamos nas mãos do destino para nos revêr ou nos falar. Porque o fato de sermos da mesma escola nunca é levado em consideração. Há! Pobre garota sonhadora.

Seria esplendoroso caso, inesperadamente, uma cena  de filme dessa se realizasse em meio a um dia tedioso e de muito estresse. No meio de uma semana de provas complicadas em que, até vento soprando para o lado errado, estressaria-me.

Então o choque de realidade foi-me dado, e acontece que aprendi que cenas de filme  nem sempre acabam fazendo parte da nossa realidade Porém,  aprendi também, não em meio a uma semana tediosa de prova, mas em meio a um intervalo solitário e complicado pós-prova, que alguns dos clichês presentes em filmes podem acontecer de maneira levemente modificada, mas serem tão incrivelmente surreais quanto são nos longa metragens.

Foi quando deparei-me com um rapaz sorridente de óculos de sol interrompendo, inocentemente, minha leitura fervorosa, decidido a conversar, puxar assunto e questionar-me sobre minha solidão que descobri que, interromper minha leitura é, igualmente, tão clichê quanto derrubar meus livros no corredor.

As cenas de filme podem, vez ou outra, fazerem-se presentes. De forma modificada ou não. Em uma leitura interrompida ou em meio a bagunça de livros espalhados no chão.

Mas, bom mesmo foi quando aprendi a trocar olhares apaixonados com aquele rapaz sorridente de óculos de sol que mostrou-me o momento exato quando interromper minha leitura é mais clichê que derrubar meus livros no chão do pátio.


Emeli Louise

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Entre três, eu te daria quatro

Alguns relacionamentos começam de forma péssima, as brigas são frequentes, e, como consequência destas, os envolvidos até cogitam em um rompimento. Outros relacionamentos começam de forma contraria, tudo sempre parece bem, com uma ou outra desavença que, quase sempre, se resolve em pouco tempo. O inicio de um relacionamento é marcado pela fase de adaptação, um se adaptando ao outro. Tal momento, em minha opinião, é de suma importância.

Estávamos em nossa fase de adaptação, mesmo com quase dois meses e meio juntos. Felizmente nos encaixávamos no segundo caso. Nunca tivemos muitas brigas ou arranca rabos, e até hoje, foram poucos os que aconteceram.

Você conhece bem minha fissura pela minha literatura romântica, e eu reconheço sua repulsa por literatura, quem dirá romântica. Porém, em meio aos nossos dois meses e pouco juntos, estava em meio a mais um de meus romances mela cueca, e lá pela página 40 encontrei um trecho que, até hoje mexe um tanto comigo. Este trecho é assim: “Toda mulher deve ser capaz de responder três perguntas antes de se comprometer com um homem. Se disser “não” a qualquer uma das três, saia correndo. […] Se não for capaz de responder “sim” às três perguntas, nem perca tempo num namoro. […] Ele a trata com respeito o tempo inteiro? Essa é a primeira pergunta. A segunda é: se, daqui a vinte anos, ele fosse exatamente a mesma pessoa que é hoje, você ainda assim se casaria com ele? E, finalmente, ele faz com que você queira ser uma pessoa melhor? Se conseguir responder “sim” às três em relação a uma pessoa, então encontrou um homem descente.” (Métrica, Colleen Hoover.)

No instante em que me deparei com tal trecho, no meio do capitulo, terminei-o, e corri direto para o computador, digitei-o e analisei-o por alguns incontáveis minutos. Após analisar, e sem tentar responde-las, prossegui com minha leitura, e depois de algumas longas horas lendo, inevitavelmente, voltei a lê-lo, e enfim, pensei em você, ou melhor dizendo, em nós.

"Toda mulher deve ser capaz de responder três perguntas sobre uma única pessoa". E então, eu decidi pensar, não só no trecho, mas também nas respostas para tal, levando em consideração você.

Típico garoto que, em ultimo lugar, estaria preparado para uma relação como a que construímos no decorrer dos meses. Todo repleto de manias, algumas vezes, intoleráveis. E que guarda de baixo de sete chaves uma manha gostosa, e um carinho imenso, único, só seu.

A cada segundo que passamos juntos, soube, acima de tudo, respeitar-me. Logo, a primeira resposta é sim. A segunda pergunta, porém, tem toda uma complexidade, mas lembro-me que na primeira vez que ficamos, pedi-lhe em casamento, pelo simples fato de que, caso isso um dia acontecesse, perdoaria-me pelos meus All Star, e mesmo tendo dito não, daqui a vinte anos faria sim, o mesmo pedido, mesmo cogitando um segundo não. Eu apaixonei-me por todo o seu jeito, e mesmo com as suas falhas, odiaria conhecer-te de outra forma.  Sendo assim, sim a resposta para a segunda pergunta.

Estou longe de ser a melhor pessoa do mundo, que merece um Nobel da Paz, ou alguma balela assim. Não ajudo animais necessitados na caridade, não visito idosos em asilos, e nem tenho coragem de ir brincar com crianças em um lar de adoção. Porém, mesmo naquela nossa fase de adaptação, eu já tinha o efeito de querer ser, sempre e em todas as situações, uma pessoa melhor, não só para mim, mas para você e para todas as pessoas que me cercam. Logo a resposta para a terceira, assim como para a segunda, e para a primeira, é sim.

Quando deparei-me com essas perguntas, e decidi responde-las, tive os três "sim" necessários. Hoje, já se passaram alguns meses, e muitas outras coisas aconteceram, coisas que tinham tudo para tirar-lhe estes três "sim". Mas eu não os tirei, e hoje, analisando as mesmas perguntas, digo sim para as três, mais uma vez.

Se daqui, não digo vinte anos, mas doze ou quinze anos, estivesse ao seu lado em um altar, ou sendo sujeita a tais perguntas, não temeria em dizer sim mais três vezes, acrescentando mais um.

Pois entre três, eu te daria até quatro "sim". Por mais premeditado que seja, por mais errado que possa ser. Você tem o meu SIM!


Gabrielle Colturato

Ela era só dela, e de mais ninguém

Ela tinha aquele andar solto que estagnava olhares admirados em si. Andava com segurança, e com aquele típico sorriso que desarmaria até o exercito americano, causando a derrota dos Aliados na Segunda Guerra Mundial. E por trás de toda sua marra ogra, tinha uma doçura única escondida naqueles olhos grandes  e amendoados.

Ela era cheia de traumas da infância, e era feita de medos e paranoias, que ninguém era capaz de entender, porém era sempre tão motivada pela sua coragem infindável.

Ela era tão única, e tão dela. Tão cheia de si, mas sempre permitindo tanto dos outros. Ela sorria, chorava, brincava e sonhava. Ela era toda do jeito que ela bem queria ser, sem ligar, nunca, para o que os outros pudessem dizer.

Mas o mais impressionante era a mini-revolução que ela podia ser, e era... Ela plantava e colhia amor por onde passava, e era isso que eu tanto amava nela. Não era o jeitinho meigo, a fala solta, por mais que isso ajudasse. Não eram seus passos firmes, ou seus beijos quentes, por mais que isso também me encantasse. Eu amava ela, por ela ser sempre ela, sem ligar para ninguém, nem mesmo para mim. Eu amava aquela garota, pelo fato de ela ter plantado em mim, o que eu jamais imaginei colher um dia.


Emeli Louise

sábado, 22 de novembro de 2014

Entre uma caneca e outra de café

São quase cinco da manhã, e ao contrário do teu, meu sono ainda não me embalou e me levou consigo. E por mais gostoso que o quarto possa estar devido ao meu potente ventilador, estiro-me no sofá,  mendigando tua atenção nesse meu momento frágil de insônia repentina.

Mas seu sono sempre me trai, e sempre te derruba antes da hora. Porém, dessa vez dou um desconto, meu homem trabalhador.  Sei bem, e concordo, que ninguém merece trabalhar "logo cedo" em pleno sábado.  Hoje eu perdoo.

O cansaço se faz presente no pesar de minhas pálpebras, e mesmo assim giro de maneira desesperada e agonizante pela cama que parece expulsar-me de sua tão adorada quentura.

A ausência de uma noite bem dormida pode até trazer-me boas palavras, entretanto desolo-me ao lembrar que você não só precisa trabalhar amanhã de manhã, mas que também não pode oferecer-me, aqui pertinho, comigo, aquele conforto tão pacífico que seus braços podem me proporcionar, e assim, aos poucos, me acalmar.

Sendo dessa forma, resta-me esperar o sono chegar, entre uma caneca e outra de café, entre um pensamento e outro, entre um capítulo e outro desse maldito livro que tanto me faz lembrar você.


Emeli Louise

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Eis que uma noite torna-se sete meses

Certas ironias do destino nada, nem ninguém pode explicar. Algumas dessas ironias, no fundo, nem explicação merecem, e creio que todas as ironias que me cercaram por entre nosso caminho encaixam-se nessa opção. Nosso destino de ironias é bom demais para ter explicações lógicas (ou ilógicas).

Existem aquelas "más línguas" que dizem que as coisas acontecem dá forma que devem acontecer, desde as coisas boas até, e principalmente, as coisas ruins. E hoje, faço desta crença, a minha. As coisas, de fato, acontecem exatamente da forma que merecem e devem acontecer.

Eu era só uma garota atrapalhada, que vivia caindo e gritando pelo pátio e corredores daquela escola, e que, aparentemente, se encantava por qualquer rapaz por quem passasse. Mas eis que o destino decidiu reservar-me uns três foras um tanto quanto doloridos (mas já superados) para que você chegasse até mim, com todo o seu jeito... Bem, com todo o seu jeito só seu.

Mas eis que uma “longa” Jornada (infelizmente não foi nas Estrelas, mas enfim) cheia de brincadeiras e umas conexões meio loucas nos levam até uma noite, até uma festa, e uma noite (e uma festa) nos leva a crer que nada durará mais do que sete dias, mas eis que as nossas tantas ironias do destino nos mostram que, de fato, nunca, nada será como imaginamos ser.

E você chega, e se passa um, dois, três meses... E hoje... Hum, hoje chegamos ao nosso sétimo mês. Uffa! Que coragem a nossa, meu amor! Sete meses!

Tais sete meses de muitas historias (que já foram bem retratadas há um tempo). Sete meses com momentos tão únicos, tão nossos, tão nós. Uns de plena felicidade, outros de chateação, alguns de suspiros, e um ou outro de muito estresse, mas independente das coisas ruins, eu sou tão grata por ter tido a sorte de, mesmo passando por tantas coisas desagradáveis, ter chegado até você, e poder ter tido (e estar tendo) esses meses tão cheios de suspiros apaixonados e felizes que, em tantos anos de vida, só você foi capaz de proporcionar.

Não foram sete minutos, nem sete horas, muito menos sete dias, ou algumas sete luas. Hoje, fazem sete meses, meu amor! E sou eternamente grata por tudo que passamos nesses sete meses (até mesmo as coisas ruins!)

Sinto eternas árvores por você, e por nossos sete meses, meu Amigo (Satânico) Colorido ♥



Nada de Emeli Louise, minhas palavras são reflexos dos mais profundos sentimentos dá sua Coalinha (só sua, e de mais ninguém).

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Concepções Ideológicas Marxistas

De acordo com a concepção Marxista, ideologia é, nada mais nada menos que, uma visão ilusória,  e irreal de situações no geral.

Karl Marx acreditava que a ideologia era uma forma de manter as classes mais ricas no poder da sociedade burguesa. Sendo assim, servia para "camuflar" e esconder os verdadeiros conflitos existentes, fossem sociais, políticos ou econômicos.

Considerando a ideologia uma falsa consciência, pode-se observar presente no fato de o "homem" não ter a capacidade de percepção de suas reais necessidade. Como prova deste fato, podemos observar que ao consumimos algo, achamos que tal escolha de consumo é nossa, porém se pararmos para pensar são apenas os produtos que nos são oferecidos

Analisando tais conceitos Marxistas, pode-se dizer que a ideologia é uma forma de alienação onde imaginamos ter uma  posição de controle, mas que na verdade não temos. Além de semear a desigualdade social.

Gabrielle Colturato

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Meu jeitinho, assim, de ser

Se um dia receber flores em seu portão
Não estranhe tal situação,
E tente perdoar minha intenção,
Desculpar minha falta de noção.

Mas é que sou típica para o romantismo
Com flores e cartas de declaração.
Sempre fui melhor para oferecer,
Do que para receber.

Então, não estranhe, não.
Todas as minhas cartas e cartões,
Cheias de dizeres e completas de muita melação.

Ao contrario, espere sempre por isto,
Espere por cartas, e flores,
Presentes e cartões,
Mimos e as mais inusitadas declarações.

Pois meu jeitinho é assim, cheio de carinho,
Cheio de romantismo infinito,
Repleto e estampado desses clichês malditos.
Minha criatividade é sem fim,
E acredite, meus agrados também.


Emeli Louise

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Eu encontrei ele, justo ele

Em um total estimado de 7 bilhões de pessoas no mundo eu encontrei ele. Um típico adolescente, do tipo que poderia ser encontrado em qualquer esquina (quem vê, pensa). Não que eu esperasse um Chris Evans ou Hemsworth (por melhor que seja tal ideia), mas ele?
Não imaginem que eu sou aquela típica garota que explora mais a beleza de um rapaz, do que outros atributos bem mais interessantes e importantes. Estou bem longe de ser essa "típica garota". Mas justo ele? 

Ele que tem o sono mais pesado que já vi, o ronco mais atormentador que já ouvi, e as manias mais irritantes que alguém poderia ter. Ele que tem todos os defeitos e qualidades que, durante muito tempo, eu fugi. Porém, por mais que eu fuja, o destino sempre é traiçoeiro, e pregador de peças.

São dez e pouco da manhã, a chuva despenca lá fora há, pelo menos, uma hora e meia, e estou aqui, mais uma vez observando seu sono tranquilo, e sua feição calma que me transmite toda a paz de que preciso, já que o meu sono e cansaço decidiram ir dançar na chuva.

Nesse estimada 7 bilhões de pessoas... Eu encontrei ele. Com seu sorriso metalizado. Com suas manias. Com suas estranhezas. E com aquela parte, tão essencial, que faltava em mim. E poderia ser qualquer um, até mesmo o Chris Pine (dera eu!). Mas foi ele.

Cá entre nós, sei que se eu pudesse escolher, talvez eu escolheria qualquer outro cara, qualquer outras manias, qualquer outro jeito menos ridículo e patético que o dele, e nessa escolha estaria meu maior erro. Porque, sejamos francos, por mais que seja apenas um típico adolescente nerd, esguio, de aparência frágil, que as "típicas garotas" nem sequer olhariam, até quem não me conhece consegue saber que foi nesse jeito dele que me reencontrei. 

E, em meio aos braços tão protetores que, até onde sei, só ele tem, torço para que nenhum outro apareça, e que as 7 bilhões de pessoas desse mundo permaneçam lá fora sem interferir em nada do que, justo e somente ele, é capaz de transmitir-me.



Emeli Louise