segunda-feira, 31 de agosto de 2015

In Shambles

Meu coração está partido,
Mas ninguém é capaz de perceber.
Estou completamente perdido,
Não conseguem ver?

Fui destruído na noite passada,
Minha alma agora está despedaçada.
Estou preso aos meus próprios medos,
Solitário em um mundo que não pertenço.

Deixei pedaços meus pelo caminho
Enquanto buscava meu rumo, sozinho.
Estou dividido em pequenos fragmentos
Causados por todo o sofrimento
Que há aqui dentro.

Ninguém se dá conta do que está acontecendo;
Ninguém enxerga o quanto estou sofrendo;
Ninguém percebe meus olhos inchados,
Nem mesmo meu corpo cansado.

Aconteceu ontem a noite,
Meu coração foi despedaçado,
E fui deixado em frangalhos.   


Gabrielle Colturato

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

O Poder Musical

(redação feita para aula de Português baseada em um instruções de um "Laboratório da Redação" do Colégio Objetivo fornecido pela Professora.)

Presente na vida de, praticamente, todo ser humano, sendo plano de fundo para o cotidiano de cada um. O que seria de nós sem a música? Esta que define momentos, muitas vezes, inexplicáveis, trazendo sentidos e respostas para nossas vidas e, de certa forma, dizendo-nos exatamente aquilo que precisamos ouvir em determinadas situações. 

Combinação de sons que explicam, de forma única, sentimentos, angústias, medos, alegrias e dores. De acordo com o neurocientista norte-americano, Daniel Levitio, a música foi, e continua sendo, um grande passo à revolução humana, tendo o poder de mudar culturas e influenciar gerações. Ela é a mais bela e singela expressão do que temos dentro da alma, no mais profundo íntimo.

Acolhedora quando nada nem ninguém é capaz de fazê-lo. Capaz de curar quadros de depressão e, segundo médicos, em determinados aspectos, ajudar, até mesmo, na reabilitação de pessoas que sofrem de amnésia.

Platão alega que a música é um instrumento educacional mais potente que qualquer outro, Nietzsche diz que sem ela a vida seria um erro, Browning afirma que quem ouve música sente sua solidão ser povoada. Como contestar tão grandes pensadores?

Concluo que, como Huxley mesmo diz, a música é o que mais se aproxima de expressar o inexprímivel. Não é algo que se possa explicar, pois ela já diz por si só.

Quando se trata de música não devemos ir em busca de definições, mas dos sentimentos que cada qual carrega em sua letra, em seu ritmo, em sua melodia... em si!



Gabrielle Colturato

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Se não for seu, nem me tente

O que você quer?
Você quer vir e depois partir?
Ou sua intenção é ficar?
Se ficar, qual será o motivo?
Se partir será por falta de um?
Não vamos perder tempo nos atracando
Afinal, de quem é a dúvida mesmo?
Mas se a culpa também for minha eu a coloco onde quiser
E se a minha alegria depender de te aceitar
Talvez eu morra infeliz
Afinal, quem não gosta de sorrir?
Mas até hoje todos os motivos dos meus sorrisos partiram diretamente de mim
Por quê confiar isto a você logo agora?
A mim, a ti, a nós, a quem for
De quem é o objetivo mesmo?
Se não for seu, não me tente
Pois a absoluta certeza de que é meu eu tenho
Não estou preocupado com o fim
Estou preocupado com o começo
É onde se encontram os riscos
Precavido talvez queira dizer que eu sou covarde
Mas você não entenderia mesmo se quisesse
A sua arte sempre foi bater e não apanhar
Mas vamos lá
Se Cronus quiser eu sei que não vou negar
Mas enquanto isso não ocorrer
Continuarei a ser meu lar.


Carlos Vinícius Custodio

domingo, 23 de agosto de 2015

Tempo

Certezas 
Incertas certezas
Certas incertezas
Incertezas diferem-se de proezas
Chuva fria é certa
Tardes nubladas
Vias engarrafadas
Cidade cinza
Tempo voa e não corre
Tempo não morre
Tempo não para
Tempo passa
Tempo acelera
E vida escorre pelos poros 
Sugiro vida saboreada, ao menos
As mãos enrugadas sugerem o decorrer do tempo
Ah, tempo, que finda perspectivas nobres, pobres, dos menores aos maiores sonhos
Tempo é o princípio e o fim do amor
Tempo é o término e o início da dor
Tempo de fases
Flashes e mais flashes
E o tempo de incertezas se repete
Tempo é incerteza
Tempo trás alegrias 
Mas, geralmente, tempo acaba em tristeza.


Carlos Vinícius Custódio.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Quem és tu, amor?

Quem és tu, amor? Hospede que incendeia o lado esquerdo do peito, que rasga o ódio e a raiva e acolhe a alma desesperada em seus braços. Amor que quando se arranca do coração deixa apenas a marca da fogueira da paixão, que leva consigo todo o calor e deixa a alma em prantos, que deixa a saudade e uma pitada de agonia.
Amor que se manifesta nos caminhos que cruzam os olhares, nos toques, nas palavras que os lábios proferem. Amor que se reserva aos virtuosos, que é a porta da frente dos sonhos e uma das milhares de portas do paraíso. Amor que transborda o espírito, que trás vida ao que se denominava morto, que tem a capacidade de levantar o que jaz no chão e desfaz o laço da desunião. É o amor quem nos faz, quem nos leva, quem nos trás. Amor que embala nos ritmos da vida, que não mede esforços nem diferenças, que prevalece em estação sintonizada no ponto certo. Amor que fotografa as lágrimas e filma os sorrisos, que em cada momento vivido cria uma cena de um filme inesquecível que estreia na sessão integral dos pensamentos. Amor que compõe a melodia, a letra e os acordes, onde as notas somos eu e você, que espreitamos um mundo não registrado por satélites, onde não somos impedidos de dizer e sentir o que tivermos vontade. Amor que flui em corpo num fluxo perfeito, que apesar das curvas impostas pelas margens, não se desvia de sua rota e não cria rotinas. Amor que faz o mundo girar devagar, que toma o tempo. As horas e os minutos passam a ser seus e ninguém é capaz de ver passar. Amor que é, enfim, pura e simplesmente amor.


Carlos Vinícius Custódio

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Vivas Lembranças

As rosas vermelhas já murcharam
E cada pétala, aos poucos, se desfez,
Não sobrou vestígios...
Apenas lembranças.

As memórias mantém-se vivas,
Como se cada momento
Tivesse ocorrido a pouco.
Vivas e tenebrosas lembranças.

Fotos penduradas no armário,
Cartas guardadas em um lugar qualquer,
Papéis, mensagens, presentes.
Um mar de recordações.

Afogo-me na dor deste amor,
Revivendo cada momento.
"Vem, sente-se, acalme-se,
Eu ainda me lembro!".

Somos aquelas rosas vermelhas,
Carregadas de tudo o que vivemos.
Somos as tardes cálidas e tranquilas,
Preenchidas com aqueles pequenos detalhes,
Os quais eu insistia em apegar-me.

Eu ainda me lembro!
Cada dia está presente em minha mente,
Todas as memórias ainda estão vivas dentro e mim,
Dançantes, crepitantes, acessas.

Minhas memórias ainda estão vivas,
Como se, a pouco, tivessem sido vividas.


Gabrielle Colturato.

sábado, 8 de agosto de 2015

Tristeza Mata

Há quem diz que tristeza não mata,
Porém os tais não sabem o quão estão enganados.

O vestido, inicialmente, azul,
Tingiu-se de um vermelho rubro,
E o rosto que costumava ser rosado,
Tornou-se pálido, sem vida.

Seu corpo fraco cercava-se por um mar,
Mar de sangue
No qual acabou mergulhando,
E por fim, se afogando.

Um mar que levou toda a tristeza,
Junto com a areia que lhe beirava.

À quem diz que tristeza não mata,
A dela foi tão grande que a sufocou,
E a levou.


Emeli Louise.