quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Erro, mesmo, seria eu não me apaixonar por você

“Sobre amar você?! Era aquele tipo de comentários que geralmente vinham acompanhados de um desesperado “NÃO FAÇA ISSO”. É, amor, foi o que todos me disseram: “Não se apega, não goste dele! Ele é furada”. E sabe que eu nunca acreditei? Eu precisei te amar com todas as minhas forças e energias para entender do que os seus amigos falavam. De fato, querido, você é uma furada completa, um poço sem fundo, no qual eu caio e me entrego a cada dia mais. Posso ser louca por isso, por me entregar, por te amar tão complexamente, e eu sou louca mesmo, porém, atualmente, meu status é “louca por você”. Pois cá entre nós, você me tira completamente dos eixos com todo esse seu jeito irritantemente babaca, e com todas essas manias e hábitos chatos dos quais, nem sempre, eu entendo. Você me deixa doidinha com esse sorriso que seria capaz de desarmar um exercito inteiro (de Gabs), com esse seu hábito de me fazer tão feliz. Mas quer saber a verdade? Loucura seria se eu realmente tivesse acreditado em tudo o que me foi dito, em todos os conselhos que me foram dados, em todas as historias ruins que jogaram em mim, referente a você. Loucura mesmo seria eu não te amar como eu te amo.”


—  Emeli Louise.

sábado, 13 de dezembro de 2014

Por aqui...

O mar é tão tranquilo, e tudo é bem aconchegante: a casa,  a cama, exceto o fato de que a cada segundo a saudade se faz mais avassaladora.

É fim de semana, e mesmo sabendo que quase nunca nos vemos aos sábados e domingos, os quilômetros de distância tornam-se um peso maior para a dor que estou sentindo.

Eu amo o mar. O som das ondas, e o percorrer delas pela minha pele. E quando estou em meio ao mar, lembro-me de nós.  Do teu toque calmo em cada pedaço do meu corpo. Da tua respiração ofegante, e cheia de desejo ao pé do meu ouvido. Dos teus beijos. Porém,  acima de tudo, lembro-me do quão faz eu sentir-me segura e protegida,  seja com um abraço, ou enrolada a ti por entre as cobertas.

São dias difíceis, e como eu gostaria que estivesse aqui para proteger-me dessa dor que tanto arrebata-me. É difícil dizer adeus, mesmo depois de quase dois anos.

Sei que saberia como acalmar-me, pois você sempre sabe, mesmo quando as palavras lhe faltam, mesmo sem reações, você sempre sabe.

Emeli Louise

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Foi ali que...

Foi ali que me apaixonei! Deitada naquela cama estreia, entre a parede e seu corpo quente, enquanto nos descobríamos através de beijos e carícias que eu jamais havia trocado com alguém. Eu lia teu corpo esguio tão sedento por amor, e contornava com meus lábios o desenhos dos teus mais belos sorrisos.

Ou talvez tenha sido no banco preferencial daquele ônibus lotado, onde relatou-me, com um brilho único no olhar, as tantas historias que justificam suas cicatrizes físicas, pois as amorosas eu já sabia de trás para frente, e vice-versa. Mas, fosse física ou amorosa, maravilhava-me com a sua ternura ao contar-me.

E foi, ou na cama estreita, ou no ônibus lotado, ou em cada um dos inúmeros momentos que soubemos partilhar um com o outro, que fui descobrindo que, tratando-se dessa nossa tão fervorosa paixão, valem tanto as pequenas coisas, onde a alegria estampe de forma serenam nossos olhares.

O momento exato, na realidade, nem importa tanto assim, que tenha sido na cama, no ônibus, no pão com manteiga, ou na fila do Starbucks, o importante mesmo é que saibamos viver e apreciar cada instante dessa paixão que tanto nos invade.


Emeli Louise

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Realidade Irreal

Amor?... Quantas discussões já não foram "abertas" e não finalizadas por tudo que é canto? Sendo que cada uma delas sempre pega um ponto indiscutível sobre este sentimento louco que dá as caras em uma corrida tarde de segunda-feira, quando pego-me pensando nos últimos acontecimentos do mês.

Platão, por certo lado, tinha razão.  "A realidade aparente, é falsa. A essência do homem está no mundo das ideias". De fato. Tenho absoluta certeza de que o amor que esta presente na ideia de cada ser humano está completamente distante do que nos está aparente.

Deduzo, que muitos pensam, e o imaginam, da forma fantasiosa que nos era mostrada a partir de Contos de Fadas. E com completa sinceridade, tenho dó dos que ainda alimentam a ideia de "príncipe encantado", que em pleno século XXI, seria algo parecido com o cara que aceitaria viver conosco pelo resto de nossas vidas.

Porém, quando se tratando de amor, o que poucos querem acreditar é que muitas coisas mudaram, e que Rapunzel e Bela Adormecida, são só Contos de Fadas, nada verídico.

O amor é aquele tipo de coisa que não basta você saber o que é, você achar que sente-o. Ele não é assim. Ele tem mil faces, e cada uma delas é mais encantadora que a outra. Ele é surpreendente, e como já disse, te pegará desprevenido em uma tarde qualquer. Pelo menos foi assim para mim, e torço para que cada pessoa do mundo, que ainda não foi atingido por esse raio de calor e emoção, seja pescado por ele. Pois ele vale a pena, e só ele é capaz de te mostrar muitas coisas essenciais. E posso dizer... Eu estou amando.


Gabrielle Colturato

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Quando interromper minha leitura é mais clichê que derrubar meus livros

Como leitora assídua, e tendo como primeira paixão a leitura, sempre peguei-me sonhando com o momento em que esbarrasse em qualquer belo cavalheiro que, apressadamente, derrubasse todos os meus livros e cadernos no meio do corredor ou do pátio da escola. Depois disso, trocariamos olhares apaixonados, ele ajudaria-me a recolher os cadernos e papéis espalhados que ele mesmo ajudou a derrubar. Então seguiriamos nossos rumos e assim, ficaríamos nas mãos do destino para nos revêr ou nos falar. Porque o fato de sermos da mesma escola nunca é levado em consideração. Há! Pobre garota sonhadora.

Seria esplendoroso caso, inesperadamente, uma cena  de filme dessa se realizasse em meio a um dia tedioso e de muito estresse. No meio de uma semana de provas complicadas em que, até vento soprando para o lado errado, estressaria-me.

Então o choque de realidade foi-me dado, e acontece que aprendi que cenas de filme  nem sempre acabam fazendo parte da nossa realidade Porém,  aprendi também, não em meio a uma semana tediosa de prova, mas em meio a um intervalo solitário e complicado pós-prova, que alguns dos clichês presentes em filmes podem acontecer de maneira levemente modificada, mas serem tão incrivelmente surreais quanto são nos longa metragens.

Foi quando deparei-me com um rapaz sorridente de óculos de sol interrompendo, inocentemente, minha leitura fervorosa, decidido a conversar, puxar assunto e questionar-me sobre minha solidão que descobri que, interromper minha leitura é, igualmente, tão clichê quanto derrubar meus livros no corredor.

As cenas de filme podem, vez ou outra, fazerem-se presentes. De forma modificada ou não. Em uma leitura interrompida ou em meio a bagunça de livros espalhados no chão.

Mas, bom mesmo foi quando aprendi a trocar olhares apaixonados com aquele rapaz sorridente de óculos de sol que mostrou-me o momento exato quando interromper minha leitura é mais clichê que derrubar meus livros no chão do pátio.


Emeli Louise

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Entre três, eu te daria quatro

Alguns relacionamentos começam de forma péssima, as brigas são frequentes, e, como consequência destas, os envolvidos até cogitam em um rompimento. Outros relacionamentos começam de forma contraria, tudo sempre parece bem, com uma ou outra desavença que, quase sempre, se resolve em pouco tempo. O inicio de um relacionamento é marcado pela fase de adaptação, um se adaptando ao outro. Tal momento, em minha opinião, é de suma importância.

Estávamos em nossa fase de adaptação, mesmo com quase dois meses e meio juntos. Felizmente nos encaixávamos no segundo caso. Nunca tivemos muitas brigas ou arranca rabos, e até hoje, foram poucos os que aconteceram.

Você conhece bem minha fissura pela minha literatura romântica, e eu reconheço sua repulsa por literatura, quem dirá romântica. Porém, em meio aos nossos dois meses e pouco juntos, estava em meio a mais um de meus romances mela cueca, e lá pela página 40 encontrei um trecho que, até hoje mexe um tanto comigo. Este trecho é assim: “Toda mulher deve ser capaz de responder três perguntas antes de se comprometer com um homem. Se disser “não” a qualquer uma das três, saia correndo. […] Se não for capaz de responder “sim” às três perguntas, nem perca tempo num namoro. […] Ele a trata com respeito o tempo inteiro? Essa é a primeira pergunta. A segunda é: se, daqui a vinte anos, ele fosse exatamente a mesma pessoa que é hoje, você ainda assim se casaria com ele? E, finalmente, ele faz com que você queira ser uma pessoa melhor? Se conseguir responder “sim” às três em relação a uma pessoa, então encontrou um homem descente.” (Métrica, Colleen Hoover.)

No instante em que me deparei com tal trecho, no meio do capitulo, terminei-o, e corri direto para o computador, digitei-o e analisei-o por alguns incontáveis minutos. Após analisar, e sem tentar responde-las, prossegui com minha leitura, e depois de algumas longas horas lendo, inevitavelmente, voltei a lê-lo, e enfim, pensei em você, ou melhor dizendo, em nós.

"Toda mulher deve ser capaz de responder três perguntas sobre uma única pessoa". E então, eu decidi pensar, não só no trecho, mas também nas respostas para tal, levando em consideração você.

Típico garoto que, em ultimo lugar, estaria preparado para uma relação como a que construímos no decorrer dos meses. Todo repleto de manias, algumas vezes, intoleráveis. E que guarda de baixo de sete chaves uma manha gostosa, e um carinho imenso, único, só seu.

A cada segundo que passamos juntos, soube, acima de tudo, respeitar-me. Logo, a primeira resposta é sim. A segunda pergunta, porém, tem toda uma complexidade, mas lembro-me que na primeira vez que ficamos, pedi-lhe em casamento, pelo simples fato de que, caso isso um dia acontecesse, perdoaria-me pelos meus All Star, e mesmo tendo dito não, daqui a vinte anos faria sim, o mesmo pedido, mesmo cogitando um segundo não. Eu apaixonei-me por todo o seu jeito, e mesmo com as suas falhas, odiaria conhecer-te de outra forma.  Sendo assim, sim a resposta para a segunda pergunta.

Estou longe de ser a melhor pessoa do mundo, que merece um Nobel da Paz, ou alguma balela assim. Não ajudo animais necessitados na caridade, não visito idosos em asilos, e nem tenho coragem de ir brincar com crianças em um lar de adoção. Porém, mesmo naquela nossa fase de adaptação, eu já tinha o efeito de querer ser, sempre e em todas as situações, uma pessoa melhor, não só para mim, mas para você e para todas as pessoas que me cercam. Logo a resposta para a terceira, assim como para a segunda, e para a primeira, é sim.

Quando deparei-me com essas perguntas, e decidi responde-las, tive os três "sim" necessários. Hoje, já se passaram alguns meses, e muitas outras coisas aconteceram, coisas que tinham tudo para tirar-lhe estes três "sim". Mas eu não os tirei, e hoje, analisando as mesmas perguntas, digo sim para as três, mais uma vez.

Se daqui, não digo vinte anos, mas doze ou quinze anos, estivesse ao seu lado em um altar, ou sendo sujeita a tais perguntas, não temeria em dizer sim mais três vezes, acrescentando mais um.

Pois entre três, eu te daria até quatro "sim". Por mais premeditado que seja, por mais errado que possa ser. Você tem o meu SIM!


Gabrielle Colturato

Ela era só dela, e de mais ninguém

Ela tinha aquele andar solto que estagnava olhares admirados em si. Andava com segurança, e com aquele típico sorriso que desarmaria até o exercito americano, causando a derrota dos Aliados na Segunda Guerra Mundial. E por trás de toda sua marra ogra, tinha uma doçura única escondida naqueles olhos grandes  e amendoados.

Ela era cheia de traumas da infância, e era feita de medos e paranoias, que ninguém era capaz de entender, porém era sempre tão motivada pela sua coragem infindável.

Ela era tão única, e tão dela. Tão cheia de si, mas sempre permitindo tanto dos outros. Ela sorria, chorava, brincava e sonhava. Ela era toda do jeito que ela bem queria ser, sem ligar, nunca, para o que os outros pudessem dizer.

Mas o mais impressionante era a mini-revolução que ela podia ser, e era... Ela plantava e colhia amor por onde passava, e era isso que eu tanto amava nela. Não era o jeitinho meigo, a fala solta, por mais que isso ajudasse. Não eram seus passos firmes, ou seus beijos quentes, por mais que isso também me encantasse. Eu amava ela, por ela ser sempre ela, sem ligar para ninguém, nem mesmo para mim. Eu amava aquela garota, pelo fato de ela ter plantado em mim, o que eu jamais imaginei colher um dia.


Emeli Louise

sábado, 22 de novembro de 2014

Entre uma caneca e outra de café

São quase cinco da manhã, e ao contrário do teu, meu sono ainda não me embalou e me levou consigo. E por mais gostoso que o quarto possa estar devido ao meu potente ventilador, estiro-me no sofá,  mendigando tua atenção nesse meu momento frágil de insônia repentina.

Mas seu sono sempre me trai, e sempre te derruba antes da hora. Porém, dessa vez dou um desconto, meu homem trabalhador.  Sei bem, e concordo, que ninguém merece trabalhar "logo cedo" em pleno sábado.  Hoje eu perdoo.

O cansaço se faz presente no pesar de minhas pálpebras, e mesmo assim giro de maneira desesperada e agonizante pela cama que parece expulsar-me de sua tão adorada quentura.

A ausência de uma noite bem dormida pode até trazer-me boas palavras, entretanto desolo-me ao lembrar que você não só precisa trabalhar amanhã de manhã, mas que também não pode oferecer-me, aqui pertinho, comigo, aquele conforto tão pacífico que seus braços podem me proporcionar, e assim, aos poucos, me acalmar.

Sendo dessa forma, resta-me esperar o sono chegar, entre uma caneca e outra de café, entre um pensamento e outro, entre um capítulo e outro desse maldito livro que tanto me faz lembrar você.


Emeli Louise

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Eis que uma noite torna-se sete meses

Certas ironias do destino nada, nem ninguém pode explicar. Algumas dessas ironias, no fundo, nem explicação merecem, e creio que todas as ironias que me cercaram por entre nosso caminho encaixam-se nessa opção. Nosso destino de ironias é bom demais para ter explicações lógicas (ou ilógicas).

Existem aquelas "más línguas" que dizem que as coisas acontecem dá forma que devem acontecer, desde as coisas boas até, e principalmente, as coisas ruins. E hoje, faço desta crença, a minha. As coisas, de fato, acontecem exatamente da forma que merecem e devem acontecer.

Eu era só uma garota atrapalhada, que vivia caindo e gritando pelo pátio e corredores daquela escola, e que, aparentemente, se encantava por qualquer rapaz por quem passasse. Mas eis que o destino decidiu reservar-me uns três foras um tanto quanto doloridos (mas já superados) para que você chegasse até mim, com todo o seu jeito... Bem, com todo o seu jeito só seu.

Mas eis que uma “longa” Jornada (infelizmente não foi nas Estrelas, mas enfim) cheia de brincadeiras e umas conexões meio loucas nos levam até uma noite, até uma festa, e uma noite (e uma festa) nos leva a crer que nada durará mais do que sete dias, mas eis que as nossas tantas ironias do destino nos mostram que, de fato, nunca, nada será como imaginamos ser.

E você chega, e se passa um, dois, três meses... E hoje... Hum, hoje chegamos ao nosso sétimo mês. Uffa! Que coragem a nossa, meu amor! Sete meses!

Tais sete meses de muitas historias (que já foram bem retratadas há um tempo). Sete meses com momentos tão únicos, tão nossos, tão nós. Uns de plena felicidade, outros de chateação, alguns de suspiros, e um ou outro de muito estresse, mas independente das coisas ruins, eu sou tão grata por ter tido a sorte de, mesmo passando por tantas coisas desagradáveis, ter chegado até você, e poder ter tido (e estar tendo) esses meses tão cheios de suspiros apaixonados e felizes que, em tantos anos de vida, só você foi capaz de proporcionar.

Não foram sete minutos, nem sete horas, muito menos sete dias, ou algumas sete luas. Hoje, fazem sete meses, meu amor! E sou eternamente grata por tudo que passamos nesses sete meses (até mesmo as coisas ruins!)

Sinto eternas árvores por você, e por nossos sete meses, meu Amigo (Satânico) Colorido ♥



Nada de Emeli Louise, minhas palavras são reflexos dos mais profundos sentimentos dá sua Coalinha (só sua, e de mais ninguém).

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Concepções Ideológicas Marxistas

De acordo com a concepção Marxista, ideologia é, nada mais nada menos que, uma visão ilusória,  e irreal de situações no geral.

Karl Marx acreditava que a ideologia era uma forma de manter as classes mais ricas no poder da sociedade burguesa. Sendo assim, servia para "camuflar" e esconder os verdadeiros conflitos existentes, fossem sociais, políticos ou econômicos.

Considerando a ideologia uma falsa consciência, pode-se observar presente no fato de o "homem" não ter a capacidade de percepção de suas reais necessidade. Como prova deste fato, podemos observar que ao consumimos algo, achamos que tal escolha de consumo é nossa, porém se pararmos para pensar são apenas os produtos que nos são oferecidos

Analisando tais conceitos Marxistas, pode-se dizer que a ideologia é uma forma de alienação onde imaginamos ter uma  posição de controle, mas que na verdade não temos. Além de semear a desigualdade social.

Gabrielle Colturato

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Meu jeitinho, assim, de ser

Se um dia receber flores em seu portão
Não estranhe tal situação,
E tente perdoar minha intenção,
Desculpar minha falta de noção.

Mas é que sou típica para o romantismo
Com flores e cartas de declaração.
Sempre fui melhor para oferecer,
Do que para receber.

Então, não estranhe, não.
Todas as minhas cartas e cartões,
Cheias de dizeres e completas de muita melação.

Ao contrario, espere sempre por isto,
Espere por cartas, e flores,
Presentes e cartões,
Mimos e as mais inusitadas declarações.

Pois meu jeitinho é assim, cheio de carinho,
Cheio de romantismo infinito,
Repleto e estampado desses clichês malditos.
Minha criatividade é sem fim,
E acredite, meus agrados também.


Emeli Louise

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Eu encontrei ele, justo ele

Em um total estimado de 7 bilhões de pessoas no mundo eu encontrei ele. Um típico adolescente, do tipo que poderia ser encontrado em qualquer esquina (quem vê, pensa). Não que eu esperasse um Chris Evans ou Hemsworth (por melhor que seja tal ideia), mas ele?
Não imaginem que eu sou aquela típica garota que explora mais a beleza de um rapaz, do que outros atributos bem mais interessantes e importantes. Estou bem longe de ser essa "típica garota". Mas justo ele? 

Ele que tem o sono mais pesado que já vi, o ronco mais atormentador que já ouvi, e as manias mais irritantes que alguém poderia ter. Ele que tem todos os defeitos e qualidades que, durante muito tempo, eu fugi. Porém, por mais que eu fuja, o destino sempre é traiçoeiro, e pregador de peças.

São dez e pouco da manhã, a chuva despenca lá fora há, pelo menos, uma hora e meia, e estou aqui, mais uma vez observando seu sono tranquilo, e sua feição calma que me transmite toda a paz de que preciso, já que o meu sono e cansaço decidiram ir dançar na chuva.

Nesse estimada 7 bilhões de pessoas... Eu encontrei ele. Com seu sorriso metalizado. Com suas manias. Com suas estranhezas. E com aquela parte, tão essencial, que faltava em mim. E poderia ser qualquer um, até mesmo o Chris Pine (dera eu!). Mas foi ele.

Cá entre nós, sei que se eu pudesse escolher, talvez eu escolheria qualquer outro cara, qualquer outras manias, qualquer outro jeito menos ridículo e patético que o dele, e nessa escolha estaria meu maior erro. Porque, sejamos francos, por mais que seja apenas um típico adolescente nerd, esguio, de aparência frágil, que as "típicas garotas" nem sequer olhariam, até quem não me conhece consegue saber que foi nesse jeito dele que me reencontrei. 

E, em meio aos braços tão protetores que, até onde sei, só ele tem, torço para que nenhum outro apareça, e que as 7 bilhões de pessoas desse mundo permaneçam lá fora sem interferir em nada do que, justo e somente ele, é capaz de transmitir-me.



Emeli Louise

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Eu. Você. E nossos All Star

Nesse mundo tão vasto em que vivemos, tenho uma leve noção que os métodos de conquistas existentes também são vastos. Há as cantadas clichês e aquela infalível técnica do "Nossa, você gosta disso? Que legal! Eu também.".

E mesmo com tal vastidão de formas de paqueras e conquistas, observo eu e você e, logicamente, nossos pares de All Star de couro.

Nunca fomos considerados, individualmente, pessoas normais. Sempre fomos rotulados pelas nossas manias,  atitudes e gostos diferenciados (malucos). E foi em meio a uma mini-população escolar que nossos (olhares) All Star se cruzaram.  O nosso processo de conquista estava começando ali, sem nem ao menos sabermos,  com nossa maluca paixão partilhada: All Star.

As ponteiras pouco encardidas de nossos tênis,  aparentemente,  não satisfeitas com tal encontro informal,  decidiram armar para seus respectivos donos... E disso nasce uma nova forma de paquera "Belos All Star!  Cano médio de couro! Até parecem os meus!".

Estatisticamente falando, duas em cada sei lá quantas pessoas conseguem se relacionar com alguém após tal investida. Dentre sei lá quantas pessoas,  creio que fomos essas duas.

Nossas ponteiras não tão sujas, já não andam mais dispersas e solitárias por entre as mini-populações que passam, e já não parecem mais tão insatisfeitas com suas condições. Acredite, sincronizam-se, sempre, por aí.

Somos eu, você e nossos pares de All Star de couro nesse vasto mundo de paqueras. E a partir da minha leve noção de conquistas, prefiro acreditar que em meio à vastidão de métodos,  não há nenhum outro melhor que o nosso. Quando não fomos só nós que nos olhamos, mas nossos All Star's também.

Emeli Louise

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

http://pensador.uol.com.br/eu_tenho_um_sonho_martin_luther_king/

http://pensador.uol.com.br/solano_trindade/

sábado, 18 de outubro de 2014

Pego-me sendo vítima dos meus próprios conselhos

E logo eu, que sempre fui a conselheira de todos, pego-me sendo vítima dos meus próprios conselhos.

O cigarro, mal fumado, já está pela metade. Os gatos, incomodados com o forte odor, miam fervorosamente em sinal de reclamação, numa tentativa falha de te acordar. E tua respiração tranquila ressoa pela casa inteira, chegando até mim. Logo o cigarro queimará por completo, e seus gatos se aconchegarão em mim de novo, acostumando-se com meu vicio. E teu sono continuará intacto.

Sentada, no chão frio do seu quintal, recordo-me das exatas palavras que disse para alguém, alguns meses atrás, referente a intensidade e duração.  Lembro que falei que não importa o tempo que algo durou, o que importa é o quão intenso foi enquanto durou. Vejo-me vítima das minhas próprias palavras.

Nossos dias, de acordo com sua "teoria", talvez, estejam chegando ao fim, e temos na bagagem bons momentos (os quais você não quer estragar com alguma bobagem impulsiva). Agora questiono-me, o quão intenso foi e está sendo? A duração não pode ser considerada extensa, mas a intensidade... É outra história.

Dentre nossos dias juntos, posso dizer com imensa certeza que, vivemos juntos intensamente. De uma maneira extremamente intensa. Entregamo-nos um ao outro por completo, ou quase isso. Mas não importa. Foi intenso a cada beijo, a cada transa, a cada momento, e até a cada briga.

O fim pode estar próximo,  assim como pode estar distante. Sinceramente não sou eu quem sabe. Porém,  estando perto ou longe, felicito-me em pensar que fomos intensos um com o outro a cada segundo que pudemos.

Suspiro.

Independente de nossos dias estarem chegando ao fim ou não, nada mais importa nesse momento do que nós dois. Nem o cigarro queimando. Nem os gatos reclamando. Muito menos o chão gelado. Nesse clima, pós sexo, tenso privei-me por uns quinze minutos do seu corpo quente junto do meu. Privei-me de nossa intensidade.

Levanto-me, e volto para debaixo de seus cobertores, não permitindo-me fazer desses quinze minutos, meia hora, ou uma, ou duas. Como bem digo, não há lugar melhor nesse mundo do que meu corpo junto ao seu.


Emeli Louise

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Há muito mais de você em mim

Eu não costumava ligar se o número de pães que eu comia era par, e nem me privava de uma ou outra beliscada enquanto meu café não ficava totalmente pronto. Nunca dei importância para essas coisas, pois no fundo elas não tem lá tanta significância.

Não costumava prestar atenção em detalhes simples ao ver um filme. Nem se o DVD deste teria comentários e bônus que fossem legendados. Mas peguei-me reparando nessas coisas.

Eu nunca liguei para os meus cabelos, e mal cuidava das minhas unhas. Não tinha manias malucas para fazer minhas coisas cotidianas, ou na forma de ir para algum lugar quando eu precisasse sair, nem me incomodava se o ônibus fosse ou não me deixar na porta desse local. E não criava ou usava bordões que só tivessem sentido para mim.

Nunca houve nada disso em mim, mas hoje, após um sono vespertino, acordei e dei-me conta que, depois de meses, há mais de você em mim do que eu poderia imaginar.

Deparei que liguei para a quantidade par de pães,  e só comi depois que deixei tudo pronto. Sem beliscadinhas aqui ou ali. E pensando nisso, reparei que ando ajeitando mais as unhas e cabelos, e dando importância para os tão essenciais extras que vem nos DVDs.

Por mais que pareça,  isso não significa que hoje sou mais você do que eu mesma. De maneira alguma. Mas acontece que, depois de um tempo com alguém,  passamos a pegar hábitos e costumes,  por mais ridículos que sejam.

E a verdade é essa, hoje, sem dar-me conta, há muito mais de você em mim.


Emeli Louise

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Transar com quem escreve, dá nisso

Desperto, de repente, em seus braços.  Tenho os cabelos duros e grudentos, tal como meu corpo que parece colado ao seu: efeitos do suor que, horas atrás,  empurrava-te para dentro de mim, e motivava-nos a mais.

Observo-lhe dormindo enquanto relembro de seu corpo em sincronia ao meu, demonstrando vontade e desejo. Seus lábios acariciando meu pescoço,  peito, barriga e, finalmente, escorregando por entre minhas coxas. Sugando-me. Chupando-me. E depois voltando ao ponto inicial, tirando meu fôlego e rendendo-me.

Suor partilhado. Beijos melados. Respiração ofegante. E corpos vacilantes, roçando-se. Lembro de cada mão e detalhe.

Levanto-me nua, vou à cozinha, tomo minha costumeira xícara de café,  e pego-me a escrever palavras soltas no papel vazio, relatando nossos desejos.

Amor, amor, transar com quem escreve, dá nisso, qualquer transa vira rabisco.


Emeli Louise.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Quem nos fere, também nos cura

Tento convencer-me que não é bom o suficiente para mim
Que meus pensamentos matutinos não são seus,
E que minha felicidade contagiante dá as caras quando estou sem você.

Tento esclarecer e por em mente que,
Nenhum momento bom contigo é capaz de
Superar e amenizar as coisas ruins,
E que nem sempre os sorrisos valem pelas lágrimas.

Todos os dias tento achar motivos e razões suficientes,
Achar coragem o bastante para desistir de todo o "nós"
E crer que o fim seria a melhor solução,
Mas por mais que eu tente, não basta.

Porque podem ser necessários vinte alfinetes para curar meu coração,
E talvez mais de seis onibus para levar minha dor embora,
Entretanto é necessário um de você para tudo isso.

Porque, por mais ilógico que seja, quem nos fere também nos cura.


Emeli Louise

domingo, 28 de setembro de 2014

O amor é uma droga sem tratamento

O amor é, sem dúvida alguma, a pior droga que existe (e quando digo droga, é droga mesmo). Até pior que o crack, e esses tantos alucinógenos que falam que tem a capacidade de derreter cérebros!

Pura banalidade, comparado a algo que tem a incrível capacidade de te "destruir" sem o seu consentimento. Ok, mas como assim? Pode deixar, eu explico!

Sabe aquela sua amiga que a uns sete meses estava totalmente acabada por causa do mais recente término de namoro, mas aí conheceu um cara legal e que hoje, graças a ele, se considera a pessoa mais feliz desse mundo (se não dessa galáxia)? Então, é dela que falarei!

Sinto-lhe informar, mas já era! Ela já foi acertada, fatalmente, pela flecha daquele carinha que tem o costume de andar por aí de fralda. Devido a isso (ou à alguma outra coisa), ela acredita fielmente que encontrou o cara de sua vida, e que eles virarão noivos, e depois casarão, terão lindos filhos e serão felizes para sempre. Só que o que ela não sabe é que, infelizmente, o amor não funciona assim.

O amor é uma droga! Você vicia-se sem nem ao menos querer e torna-se dependente dele em bem pouco tempo, por que ele simplesmente invade seu ser, e você não consegue controlar. Olha, vá a clínicas de reabilitação para tentar se "curar", pode ir, não te impedirei de fazer isso. Mas opss! Não existem tratamentos para o amor.

Daqui uns meses sua amiga estará, mais uma vez, completamente destruída, pois o babaca mais fingia do que sei-lá-o-que (ao menos que ela tenha dado uma sorte das grandes, maiores que a de pessoas que ganham na Mega Sena). É assim que o amor funciona.

Desculpem-me os loucos apaixonados, mas o amor é uma droga sem tratamento.



Emeli Louise

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Minha abstinência de escrita é por você

Tenho uns dois ou três trabalhos para entregar,  algumas atividades a serem feitas e umas dez equações exponenciais para resolver. E tudo isso se deve a você.

Não que eu ache que você suborna meus professores por achar que estou sendo uma menina má... Não! Mas acontece que, seu sorriso não vaga os corredores da escola tanto quanto eu gostaria, e seus abraços não preenchem todas as minhas manhãs,  e em consequência disso, acabo dedicando-me tanto à você, de corpo e alma, que acabo perdendo o interesse e a concentração de qualquer coisa que não lhe envolva.

Você é patético, mas tem vezes que a vida nos prega uma peça, e foi numa dessas que você chegou. Você não é uma flor que se cheire, e mais me estressa do que me desperta amores, e talvez seja essa sua intenção, mas sinto-lhe dizer: suas tentativas são vagas e falhas. Não existe nada que fará essa chama se apagar, meu amor. Seus esforços são inúteis.

Saiba bem, que minha abstinência de escrita é por você. Pois eu descobri que é bem melhor achar a forma certa de dizer que quero mais do que oito meses, mais do que nos permitimos, do que achar o X da última questão de matemática.  Descobri que vale muito mais rir da desgraça alheia (e própria) do que aguentar, vez ou outra, alguém me encher e me cobrar por trabalhos que não tenho vontade alguma de fazer. Independente de tudo, para mim vale muito mais você, mesmo com certas abstinências.


Emeli Louise

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Ou Isto Ou Aquilo

Ou se tem chuva e não se tem sol,
Ou se tem sol e não se tem chuva.

Ou se calça a luva e não se põe o anel,
Ou se põe o anel e não se calça a luva.

Quem sobe nos ares não fica no chão,
Quem fica no chão não sobe aos ares.
É uma grande pena que não se possa estar ao mesmo tempo nos dois lugares.

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce
Ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo; Ou isto ou aquilo
E vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,
Se saio correndo ou fico tranquilo.

Mas não consegui entender ainda qual é melhor:
Se isto ou aquilo.

Cecília Meireles

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Porto Seguro

Teus braços quentes envolvem-me,
Trazendo de volta a segurança que me proporciona.
Enroscadas ao cobertor, nossas pernas brincam
Dando-me a impressão de que somos um só.

Deito-me sob teu corpo caloroso,
Sentindo em mim cada centímetro de ti,
Ouvindo tua respiração tranquila,
Enquanto seguro suas mãos.

Ao som de “Like A Virgin”
Delicio-me com teus lábios
Descendo pelas minhas costas nuas
E subindo... Descendo, e subindo, beijando-me.

Arrepio-me, encolhendo-me
E, tendo-te perto o bastante, beijo-te,
Apreciando seu gosto manso.
E abraço-te, sabendo que não existe  nada melhor do que sentir-se em casa.


Gabrielle Colturato

Desejo Carnal

Nossas peles suadas roçavam-se
Em completa sincronia e desejo,
Deslizando-nos delicadamente um ao outro,
Cada vez mais.

Seus lábios doces percorriam meu corpo;
Suas mãos acariciavam-me
E, puxavam-me para ti;
E sua respiração... Rente ao meu ouvido,
Tirava-me do controle.

Nosso desejo carnal partilhado, excitava-me.
Seu toque macio, conquistava-me.
E sua pele, colada a minha, mostrava-me
Que, não há lugar melhor no mundo
Do que meu corpo entrelaçado ao seu.


Gabrielle Colturato

quinta-feira, 10 de julho de 2014

CHEGA DE ARMADURAS!

Eu não tenho medo de me arriscar, não mais, pelo menos. Não temo mais a dor, nem o sofrimento, nem qualquer outras coisa que possa ser consequência caso algo termine mal. Não dou mais ouvidos para os meus instintos negativos que fazem eu desistir das coisas que eu realmente quero. Não vou mais vestir essa armadura e fingir que não sinto, que não quero, que não me faz bem. ISSO NÃO ME PERTENCE MAIS!
Vou em busca do que me faz bem, do que torna minha vida feliz, e sem temor, irei de cabeça erguida, sem hesitação alguma. Pois se eu quero, não posso ter medo, não posso recuar. Tenho que enfrentar, e se necessário, dar a cara a tapa. E sei que posso me ferir, mas prefiro tentar e talvez acabar com algumas feridas, do que me culpar por ter deixado uma oportunidade passar!

E é isso que farei! Chega de armaduras; Chega de fingimentos; Chega de impedir que a felicidade chegue até mim!!


Gabrielle Colturato

terça-feira, 8 de julho de 2014

VALE A PENA, SIM!

Marilyn Monroe "ensinou-me" que qualquer coisa que faça-nos nos sentir bem, é boa... E por mais que seja difícil aceitar tal ideia, eu concordo com ela. Por mais que eu acredite que metade das pessoas discordem de Monroe, eu creio em suas palavras fortemente.
Independente dos muitos julgamentos e críticas, todas as pessoas deveriam acreditas nas coisas que as fazem bem, por pior que estas pareçam para os outros. Se algo te faz feliz, nada nem ninguém tem algo haver com isso.
Por isso digo, se há algo que deseja muito, ou algo que te faz imensamente bem, e te deixe feliz, vá atrás e continue no caminho que te leva até isso, mesmo se houverem obstáculos que dificultem a sua jornada, ou pessoas que estejam contra você. Se te faz bem, vale a pena lutar, vale a pena enfrentar.
E digo isso pois acredito, por que aprendi e decidi ir atrás do que me faz bem, do que me aproxima da paz. E eu vou atrás, de cabeça erguida, após tomar um banho de coragem, sem medo de nada, nem ninguém.
Vá atrás das coisas que quer, sempre, sem medo, sem temor, sem hesitação. Faça todas as coisas que acha que deva fazer. Diga tudo que sentir, que pensar, e que achar que outra pessoa deva saber. Pois não há tempo algum a perder, e nada do que deseja é ruim, se faz você se sentir melhor.

VALE A PENA, SIM! Todas as coisas que acreditamos, sonhamos, e desejamos, sejam elas malucas ou completamente clichês, valem a pena. Porque nós valemos a pena!


Gabrielle Colturato

quarta-feira, 9 de abril de 2014

“Quarta feira, 04 de dezembro de 2013.

Bem, eu pretendia esperar até o dia 21 né, afinal, será sempre o “NOSSO” dia, mas por causa de várias coisas decidi que talvez seja um bom momento, então vamos lá. Mor, nos conhecemos a uns 6, quase 7 anos né, e puta que pariu, depois de tentativas e tentativas de NÓS darmos certo, estamos aqui, juntos, passando por uns bocados ruins e tals, mas que só nos mostram o quão nossa união é forte.
Sabe, eu passei os ultimo um ano e meio da minha vida tentando encontrar alguém que fosse capaz de gostar de mim do jeito que eu sou, com toda a minha grosseria, e todo meu jeito ogro de ser, e cara, sinceramente, porque diachos eu estava procurando alguém que estava ao meu lado o tempo todo? Xingando todos os outros caras só para eu me sentir melhor, me fazendo imensamente feliz com todo esse seu jeito besta, porém encantador.
Mas, amém (kkkkkk’), eu me dei conta, e quero te ter ao meu lado mais do que tudo. Quero te fazer o cara “mais feliz do mundo”, assim como você vem me fazendo a muleca “mais feliz do mundo”. Eu quero poder te ter comigo nos momentos de aperto, mas mais do que tudo quero que você os torne momentos de folga, como você sempre faz. Quero que minhas pequenas coisas se tornem gigantescas para você. Quero te ter ao meu lado nas “minhas lutas”, pois só de estar contigo eu fico na paz. Eu quero tanto você, de tantas formas e maneiras, que acho que passaria dias e dias listando. Mas o que importa mesmo é que eu quero VOCÊ, não os caras bombados que são vizinhos da sua vó, nãos os feras que falam e mexem comigo por causa dos meus decotes, não qualquer pessoa, mas você.
Jow, me namora?”
—  i-9nove, Apenas mais um pedido de namoro banal.

Segunda feira, 17 de fevereiro de 2014.

“Parece perseguição, e até soa meio ridículo, mas hoje me deparei com uma necessidade que vive em mim. A necessidade de te escrever. Seja um desabafo. Seja uma declaração. Ou seja algo que não signifique nada. Tenho a necessidade de te encher com as minhas palavras amontoadas em meio a pontos e virgulas. Sei que muitas vezes acabo não dizendo nada, e esse é o engraçado da coisa. Porém dessa vez tenho algumas coisas para dizer. O sentido delas? Também não sei. Mas queria que soubesse que andei sentindo sua falta, eu sei, eu sei, você esta comigo, e permanecerá ao meu lado até mesmo quando eu não quiser mais te-lo comigo (algo que acho improvável, mas ok. Ok??). Talvez eu esteja com saudade de você sabe o que, e pode ser mesmo, mas não quero admitir. Não merecemos isso de novo, pois prometi para mim e, principalmente, para ti que não bateria mais na mesma tecla, para não piorar as coisas, pois por mim eu ainda estaria insistindo. Nunca fui do tipo que desiste fácil, entretanto, que escolhas eu tive? Era 8 ou 80, né? E não reclamando, mas no fim eu fui vitima do meu próprio lema. Ou me contento com a amizade, ou te perco para sempre. Mas ai meu deus, olha eu insistindo. Abafa. Só posso dizer que te amo? Que ainda quero comprar sua mala? Que ainda quero inaugurar seu restaurante? E que ainda quero ir contigo à Paris? Diz que posso, pois, desculpe-me dizer, isso foi tudo que me restou de nós dois. De NÓS. E se não puder, pouco importa. Se exige de mim sinceridade, terá que aceitar a falta que me faz.”
— i-9nove.

terça-feira, 4 de março de 2014

Pois a vida é bela...

Sei que esta passando por um momento difícil. Eu também estou. Mas a vida merece ser vivida. Mesmo sendo cheia de declives, dificuldades, obstáculos. Ela necessita ser vivida com toda a intensidade possível, por mais que muitas vezes não faça por merecer tal esforço. Porém, por pior que ela possa ser, ou estar, a vida é bela.

Também sei, que existem muito mais motivos para acabar contigo, e te deixar no "chão", mas nessas horas temos que nos lembrar de todos os momentos que nos permitimos sorrir, e ser felizes. Pois, “nossas vidas, muitas vezes, podem ser um trash total. [...] Mas, por mais péssimos que seus dias possam ser, por mais triste que você possa estar. Sempre. Sempre mesmo, existirá algo, ou alguém que mudará isso. Que tirará um sorriso de seus lábios. E que, pelo menos por alguns “segundos” mostrará-lhe o quão a vida é bonita.”.

É difícil acreditar no que eu digo, sei que é, pois sendo sincera, na maioria das vezes nem eu mesma acredito. Mas eu posso lhe provar que a vida VALE A PENA. E hoje eu sei o quão espetacular ela pode ser, independente de todas as coisas ruins. E acredite no que direi a você, essas muitas coisas ruins, só ajudarão você a ser muito maior do que você é, minha pequena.


Gabrielle Colturato for Ana Gonçalves

sábado, 1 de março de 2014

Cidades de Papel


“Escute, filho. O negócio é o seguinte: algumas pessoas, normalmente as meninas, têm o espírito livre, não se dão bem com os pais. Esses adolescentes são como balões de hélio presos por um barbante. Eles fazem força na direção oposta ao barbante e fazem mais força, até que logo algo acontece, o barbante se rompe e eles vão embora, voando. E talvez a gente nunca mais os vejas. Eles pousam no Canadá ou algo assim, começam a trabalhar em um restaurante, e, antes que se deem conta, o balão passou trinta anos miseráveis na mesma lanchonete servindo café. Ou talvez daqui a uns três ou quatro anos, ou três ou quatro dias, os ventos dominantes tragam o balão de volta para casa, seja porque ele precisa de dinheiro ou porque tomou juízo, ou porque sente falta do irmão caçula. Mas preste atenção, filho, o barbante sempre arrebenta. […] O problema com esses balões é que existem muitos deles. O céu está lotado deles, esbarrando uns nos outros enquanto voam por aí, e, de um jeito ou de outro, todos esses malditos balões acabam na minha mesa, e depois de um tempo um sujeito acaba ficando desanimado. Balões para todos os lados, e cada um deles com uma mãe ou um pai ou, Deus me livre, os dois, e depois de um tempo não se consegue mais enxergá-los individualmente. Você olha para todos aqueles balões lá em cima e consegue ver todos eles, mas não consegue enxergar apenas um. — Ele faz uma pausa e inspirou profundamente, como se tivesse acabado de se dar conta de alguma coisa. — Mas de vez em quando você conversa com um garoto cabeludo e de olhos arregalados e se sente inclinado a mentir para ele, pois ele parece ser um garoto legal. E você se sente mal por ele, porque a única coisa pior do que o céu cheio de balões que você vê é o que ele vê: um céu azul imenso com apenas um balão. Porém, uma vez que aquele barbante se rompe, filho, você não pode remendá-lo. Compreende o que estou dizendo?”
—  Cidades de Papel, John Green



sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Refúgio

Porque a dor tem seu lado positivo, por mais engraçado que isso possa parecer, e soar. A dor tem um lado positivo. E com ela não seria diferente. Por mais devastadora que fosse ela trouxe-me o bem. Trouxe-me o que eu tanto ansiava, na verdade, o que eu mais necessitava. Foi mais do que um simples colo, um mero conselho. Foi um passo para a mudança, foi a revelação e o encontro do meu lugar.

E por mais suspeito que possa ser. A dor teve seu lado positivo. Pois sem ela nada daquilo teria acontecido. Sem minha dor e minha angústia, eu não necessitaria de um novo refugio, e eu não encontraria e reencontraria meu novo lugar. Porque estou em busca da minha felicidade plena. Do meu próprio equilíbrio. E no desconhecido, porém muito bem conhecido, me encontrei.


Gabrielle Colturato

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Do Tumblr.

“— Cê vai ficar comigo?
— Vou.
— A noite toda?
— É. Agora dorme.
(15 min. de silêncio)
— Mor?
— Fala.
— E se a ligação cair?
— Você já vai estar dormindo.
— E se eu tiver acordada?
— Você me liga de volta. Fecha os olhinhos.
— Tá.
(10 min. depois)
— Ei, amor, está aí?
— Tô, Ju. Não vou sair daqui.
— E se o seu telefone descarregar?
— A bateria tá cheia.
— E se o meu descarregar?
— Perdeu o carregador?
— Não, mas eu tô no escuro.
— Juliana, só dorme. Tá bom? Dorme.
(Meia hora depois, a respiração dela ainda podia ser ouvida)
— Ju? Está aí?
— Tô, amor.
— Minha nossa senhora, cê não vai dormir?
— Acho que eu tô com medo…
— De ficar sozinha. Eu sei. Te conheço. Pois bem. Vou te ensinar uma coisa. Pega três travesseiros e coloca ao seu redor.
— Tá.
— Agora pega um lençol aí e os cubra. Direitinho.
— Ok, e agora?
— Agora fica deitadinha. Você tá no quadrado mágico da proteção. Fecha os olhinhos. Estou do seu lado, te abraçando, ok? Melhor agora?
— Muito melhor.
— Fico imaginando quando é que a gente vai poder dormir juntinho assim, sabe, Ju. Eu tenho esse meu jeito marrento, mandão de ser, você sabe, mas eu sou pura manteiga derretida por dentro. Não consigo dormir enquanto você não dorme, tá ligada? Parece que qualquer coisa vai te acontecer e eu não vou estar por perto pra te proteger, sabe assim? E eu não suporto a ideia de alguma coisa atingir a minha pequena. É isso que você é, tá sabendo, Ju? (silêncio) Ju?
(Ele ouvia apenas a respiração lenta, quase inaudível da garota.)
— Ih, dormiu. — desligou o telefone e continuou falando sozinho, como que pra si — Missão cumprida. A princesa está salva.”
O quadrado mágico da proteção.  


Chorei

Aqueles olhos amendoados me encaravam com um brilho sem igual. Aqueles braços me traziam todo o conforto do mundo. E por mais que meus problemas se resolvessem, magicamente, em seus braços, me peguei chorando. Chorando como criança de quem roubaram alguma guloseima. Feito criança que chora, que soluça e que chega a faltar o ar. Eu não sei por que, mas eu chorei entre aqueles braços "meigos", encostada naquele ombro. Nos braços, e no ombro de quem eu nunca imaginei poder chorar daquela forma. Talvez eu chorasse por saber que aquele conforto duraria pouco. Que aquela quentura, que aquele amor, que aquele carinho logo seria interrompido pela voz aguda de alguém que estava no corredor, provavelmente do professor.

E seu conforto poderia tirar todas as minhas dores, todos os meus medos, todas as minhas angustias. Aqueles braços fariam eu desistir de todas as fraquezas e possíveis recaídas que me levassem à "coisa ruim". E foi por isso que chorei, por saber que eu poderia me permitir a essa grandeza de seus pequenos braços, mas que por mais que eu quisesse não teria o privilegio de viver no conforto daqueles "doces" braços aquarianos. 


Gabrielle Colturato

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Você Sou EU

É fácil perceber que seu mundo esta desabando. Que as paredes do seu refugio já não suportam mais as diversificadas rachaduras e estão prestes a ceder, e que nada nem ninguém pode te ajudar, que não basta estar cercada de milhares de pessoas. Elas não lhe ajudarão em nada. O mundinho banal delas é tão perfeito, não é mesmo? Para que sacrificar todo esse "País das Maravilhas" por você. Ninguém faria isso, e além do mais? Porque fariam isso por você? Justo você.

Suas lâminas são tão mais fáceis. Tão mais úteis. Tão mais praticas. Elas não precisam falar, nem te aconselhar a nada, basta estarem ali, ao seu dispor. Elas não lhe julgam. Elas não te culpam. Elas não te destroem com palavras. Elas só te lembram de que você, infelizmente, ainda vive. Que seu pobre coração ainda bate, apanhando.

Sua vida vale tanto assim? Vale todas as palavras maldosas que já ouviu? Vale as brincadeiras de mau gosto direcionadas a você? As insinuações de que tudo seria melhor sem você ali? Sua vida vale essa dor interminável? Vale cada sofrimento, cada lágrima, cada aperto no peito, cada momento de sufoco? Você acha, sinceramente, que vale mesmo a pena viver dessa forma, aos trancos e barrancos? Sendo um peso na sua própria vida, e na vida das pessoas ao seu redor. Você nem vale tudo isso. E nunca valerá, pois você é um nada para si mesma, e a partir disso, se tornará um nada para os outros.

E você... Você sou eu. Com todas as dores, com todo o sufoco, com todas as tentativas frustradas de dar paz a si mesma. Sabemos bem o quanto a morte seria agradável, o que ainda lhe prende? O que ainda lhe segura nessa crueldade a quão não merece viver? Meu coração é puro de mais para ser surrado dessa forma, e eu sei disso. Só me falta coragem de partir.



Gabrielle Colturato

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Velha Historia

As mesmas fotos, as mesmas músicas, as mesmas inúteis lembranças que me arrebatam mais uma vez. Aquela velha historia de querer não é poder. E que quando podia, eu não queria. Aquela velha historia feita com um inicio totalmente mágico e diferente dos outros, mas que nos reservou o mesmo fim trágico, que sempre vem acompanhado daquela saudade miserável que sua ausência sempre me causa.

Agarro-me às angustiantes lembranças de nós dois, e penso o quão burro fui quando permiti que você partisse. Culpa. A imensa culpa. Gostaria que fossem das estrelas, mas é minha. E ali deitada, observando um mundo e uma vida ao meu redor, ela deu as caras, abraço-me, deu-me colo, e pouco depois me pôs para dormir. Eu adormeci com o peso da culpa de você não estar mais aqui. Com a dor de saber que era ela, e não você que me poria para dormir.

E por mais que eu saiba que, provavelmente você não voltará, aqueço-me com a ideia de que você quer, mas talvez não possa. De que você precise tanto de mim quanto de você. E que você não necessite de mais nada que não seja eu. Pois você é aquele tipo que não completa, que transborda. Que me dá vontade da vida, porque quando estou contigo, você é minha vida, e você vale tanto a pena.


Gabrielle Colturato

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Anexação Finalizada.

     Essa semana comecei a me dedicar à uma anexação de todos os textos do blogger, salvando-os no computador. Foram 189 textos salvos. Nem todos foram lidos e corrigidos, pois meu foco principal era salva-los no computador. Mas com certeza começarei a corrigi-los o quanto antes, afinal, eu cometia tantos erros ortográficos.
     Por mais cansativa que tenha sido essa etapa de anexação, pois não é fácil abrir tantos textos, ir de Ctrl C no blog + Ctrl V no Word, organizar pasta, nomear e datar tudo certinho, essa etapa foi imensamente emocionante e importante para mim. É incrível dar uma olhada nesses textos que me definem por completo, e ver toda a evolução na forma de escrita, na forma de expressão, na forma como eu expunha o que eu sentia e pensava e na forma como exponho atualmente. Foi, e esta sendo maravilhoso sentir, e relembrar todas as coisas que fizeram com que eu escrevesse cada texto.
     Eu me sinto imensamente agradecida aos que ainda acompanham o blogger, aos que sempre acreditaram no meu potencial e talento para a escrita, aos que me apoiaram, e até mesmo aos que duvidaram da minha capacidade. Hoje, nesse exato momento, me sinto orgulhosa de mim mesma por todos os mais de 189 textos que compartilhei com vocês neste blog.

Muito obrigada.

Doce Mel

Consegui, com facilidade, visualiza-la sentada na frente da tela do computador com seus olhos cheios de lágrimas. Consegui visualizar aqueles olhos cheios de desespero e dor, e aquela feição de abandono. Mesmo estando distante. Mesmo sem conhecê-la. Mesmo estando em frente à outra tela de computador. Eu consegui. E além de visualizar, senti sua dor junto com ela.

Menina doce como mel, de mente e alma pura. Destroçada, tão cedo, por um lobo mal. Destruída, tão repentinamente, pela ilusão de um belo e verdadeiro amor. Historia trágica, pique Romeu e Julieta. Porém, ainda mais trágica. Amor muito bem proibido, pois amores falsos não merecem ser permitidos.


Gabrielle Colturato

Submerso em Gelo

Seus cabelos escuros escorriam junto à curvatura definida de seu corpo nu. Tinha uma pele pálida e meio azulada devido as veias aparentes, e seus lábios carnudos deixavam-na com uma fisionomia vulgar. Havia me seduzido em uma mesa de bar, parecendo uma prostituta suja e barata, com mentirosos olhos azuis que mostravam inocência, ao contrario do que sua saia justa aparentava...

Agora, deitado nessa cama fétida de motel, observando-a, percebo a rigidez e tensão presente em sua feição, mesmo com a péssima iluminação que os postes do outro lado da rua me fornecem. Seus traços tensos mostram-me que me precipitei ao achar que essa deslumbrante mulher fosse uma prostituta medíocre. Começando que esta longe de ser uma puta, e se fosse, estaria mais longe ainda de ser uma meretriz de má qualidade.

Naquela mesa de bar revelou mais de si em uma hora, do que minha ex-mulher revelara em sete anos. Acabei descobrindo que, na realidade, nojenta mesmo era sua historia, e não ela. Se aquela mulher fosse podre como imaginei que fosse, teria cedido em minha primeira tentativa de leva-la para um lugar qualquer para poder comê-la, entretanto só acabou cedendo depois de diversas tentativas.

Acabei permitindo-me ser guiado para este lugar malcheiroso ao qual ela chama de "lar". Um motelzinho barato, próximo ao bar em que havíamos nos conhecido mais cedo, onde morava graças a uma "troca de favores".

Levanto-me cuidadosamente da cama e visto minha cueca. Esse seria o momento ideal para pegar minhas coisas e dar o fora daquele lugar, porém algo aqui me dizia para ficar, para deitar naquela cama e aguardar ela acordar.

Penso. E por fim decido ficar. Porém, antes de voltar à cama, acendo um cigarro e fuço na geladeira na esperança de encontrar, pelo menos, algumas latas de cerveja. Iludido. Geladeira vazia. Termino meu cigarro. São quase quatro da manhã. Deito-me na cama o mais próximo possível daquele corpo delicioso, do qual esperava poder degustar mais tarde novamente. Pensando nisso, lembro-me que não sei o nome dela, porém acabo pegando no sono e esquecendo esse mero detalhe. Descubro quando acordarmos.

     ...
     ...
     ...

Quando entreabro meus olhos, sinto-me fraco, e... E gelado. Tento levantar, mas sinto-me indisposto. Abro meus olhos por inteiro, e dou-me conta daquele cenário horripilante. Estou imerso em gelo. Ao tentar me mexer novamente, sinto uma dor enlouquecedora. Estou dentro de uma banheira de motel submerso em gelo.

Consigo ver a porta entreaberta, e com grande esforço tento escutar algo, e vagamente escuto. Parece a voz da deslumbrante e sedutora mulher com quem passei a noite. Aparentemente esta cochichando ao telefone. Tento chama-la, mas meu esforço é em vão, porém, vindo do vão da porta, ouço:

"— Os rins já foram agora só falta tirar o resto dos órgãos que nos podem ser úteis". 

Dou um suspiro após dar-me conta do que fui vítima. Traficante de órgãos. E antes de fechar os olhos novamente, sussurro para mim mesmo: "— Antes tivesse caído fora daqui enquanto essa filha da puta dormia".


Gabrielle Colturato

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Nostalgia

Uma tarde normal como tantas outras já vivenciadas por nós. Aquele velho ritual: sentados ao portão de casa, você ao meu lado esquerdo e ficando apoiado no portão. Minhas pernas estiradas e enroladas entre as suas, como de hábito. Éramos um desengonçado emaranhado de nós.

Como sempre, também, ouvimos música. Pollo, Fresno, Demi Lovato, Ed Sheeran e alguns outros artistas que não me recordo. E claro, como de costume, os funk's esporádicos que colocou para me provocar. Posso detestar isso, mas te amo por isso. Mas enfim, foi bom eu controlar nosso som, e pode ter parecido errado, entretanto foi sábio da minha parte selecionar “A Thousand Years".

Nada pareceu mais certo do que aquele momento, eu e você, ouvindo “A Thousand Years"enquanto eu debruçava e lhe abraçava preguiçosamente, repousando calmamente próximo ao seu pescoço. Eu dormiria ali, por horas e horas a fio. Sem ligar para nada, nem para ninguém. Pois sinceramente, não a lugar mais calmo e mais tranquilo que ali.


Gabrielle Colturato

Esta é minha vida...

Mais ou menos 60 km/h em uma rua qualquer, caminho da minha casa para um barzinho qualquer, e vice versa. Nos falantes em volume máximo, Bon Jovi em minha amada "It's My Life". No refrão, sendo mais exata. E eu cantando juntamente a ele com todas as minhas forças. Com toda a vida que eu poderia dar àquela simples música.

O desejo da morte vem aos nossos pensamentos nesses momentos, pois sinceramente, seria um prazer contemplar minha querida Morte, deslumbrante em suas vestes negras, ao som de "It's My Life". Pois esta é minha vida, e eu já estou cansada de vivê-la como vivo.

E naquele refrão, naquele momento de pura euforia, eu gostaria de estar bêbada o bastante e ter coragem de abrir os braços e abraça-la, abrindo a porta daquele carro, e gritar ao mundo: "Esta é minha vida, e eu entrego-a a ti, Morte". Ou melhor, torcendo para que, talvez, outro carro chocasse com o nosso, e todos partissem comigo. Ou apenas eu, bastaria para mim.


Gabrielle Colturato

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Pré Conceitos

Gaaalera, postei esse texto a um bom tempo em uma página do Facebook que administro, e acabei cometendo a falha de não postar aqui. Grande falha a minha. Entretanto, por mais que esse texto tenha sido escrito, e publicado dia 16 de novembro de 2012, continuo, e sempre continuarei com esse pensamento. Confiram:


Acho que estou passando por um momento da vida que qualquer coisa me deixa revoltada, mas acho que a atitude de algumas pessoas sobre o que vou falar é algo que deve ser analisado.

No mundo, muitas pessoas tem preconceito, ou de negros, ou de homossexuais, ou bissexuais, ou pessoas gordas, enfim, tem preconceito de alguma coisa, e isso me entristece muito (e me revolta), pois as pessoas não aceitam as escolhas ou condições dos outros.

Nos encontramos em pleno século XXI, e ainda existe essa coisa de pessoas precisarem de aceitação na sociedade?? Aonde iremos chegar com isso, cara.

Imagine, se por exemplo, você, que tem preconceito, fosse um homossexual, ou um negro, ou um gordo, enfim, e frequentemente ouvisse piadinhas, ou se visse em uma situação de rebaixamento social por causa, ou da sua cor, estatura física, ou escolha sexual. Você iria achar isso um máximo como você acha hoje?? Você iria achar isso maravilhoso, e incentivador?? Acho que não.

Desde criança aprendi a nunca fazer aos outros o que nunca gostaria que fizesse a mim. Então, quer dizer que você gostaria de ser vitima de preconceito diante a sociedade?? Se não, comece a pensar nos seus atos, e ver se eles lhe agradariam se a situação fosse inversa.

Aonde já se viu isso minha gente?? Agredir homossexuais. Dizer que negros são macacos ou qualquer coisa do gênero. Isso não só é crime, mas uma falta de caráter, respeito e bom senso. E tudo isso é algo que não aprendemos na escola, ou achamos no Wkipédia, isso é algo que temos que ter conosco sempre, e em todas as situações.

Se não gosta, é um direito seu, pois cada um tem uma opinião e uma visão do mundo, mas você deve, no mínimo respeito às pessoas que tem uma visão diferente da que você tem. É tudo uma questão de ponto de vista, de opiniões, de escolhas, de como cada um vê a vida e o mundo ao seu redor, e por mais diversificado e amplo isso tenha se tornado, temos que respeitar, para que possamos ser respeitados. Não quero que mudem suas opiniões, mas que, primeiramente, e acima de tudo RESPEITEM; e depois parem, pensem e aceitem que nem todos são iguais a você.

Não estou pedindo para concordarem comigo, mas que pensem um pouco com essas atitudes que muitas pessoas veem tendo. Pois dizem que o mundo esta perdido, e eu concordo, mas concordo por motivos bem diferentes do que estão sendo expostos por aí. Pois, sinceramente, se continuarmos tendo uma mente fechada, acabaremos nos tornando uma massa ignorante e manipulável, algo que ao meu ver, já esta dominando.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Buracos

São mais do que feridas,
São buracos.
Causados pela ausência de uns,
E pela partida de outros.

Estive tentando tampa-los
Com coisas e pessoas.
Pura banalidade.

Tais não podem ser desfeitos e arrumados.
E os poucos que podem, não valem tanto a pena.
Pois, por mais que sejam tampados,
Nada mais será como era.

E tudo se tornará um erro,
Cada tentativa será errada.
E agora, até sobreviver parece um erro.
É... Eu viver é um grande erro.


Gabrielle Colturato

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Sangue Frio

Sua pele pálida contrasta com o tom rosado d'água,
Água esta, tingida pelo tom vermelho escuro de seu sangue
Deixando seu corpo em um tom de dor.

Seus pulsos ardiam, e até que doíam um pouco
Mas dor alguma era maior que a de um coração partido.
A respiração ofegante entregava seu choro sufocado a tempos
E o sangue que lhe cercava, entregava seus novos cortes.

Uma carta suicida havia sido deixada sobre a cama,
A música tocava incessantemente em seu rádio.
E mais uma vez ela estava ali
A um único passo para poder, enfim, partir.

O desespero, junto ao sangue voltaram a deslizar pelo seu corpo
Suas mãos tremiam, e seu olhar assustado encarava aquela lâmina fria.
Em sua carta pediu apenas por amor,
Amor este que será fornecido tarde demais.

Pois mais uma vida se vai,
Mais um corpo se choca no chão manchado de sangue.
Afogada em angustias de sua própria vida,
Acabou se afogando no seu próprio sangue.


Gabrielle  Colturato


“Chega a ser hilário.

Desde pequena eu te via como um herói, como “o cara”, que talvez mudasse minha vida, ou que, talvez, eu nem chegasse a conhecer face a face. Mas sempre foi, o cara da minha infância, do inicio da minha adolescência, e de agora. E, sinceramente, chego a pensar, que por mais que anos e anos se passem, e que outros “caras” entrem na minha vida, você sempre vai ser “O CARA”. Talvez isso seja o resultado de você ter sido o primeiro a fazer meus olhinhos brilharem, e era com uma foto. Eu não compreendo, pois isso esta muito além do meu conhecimento. Mas eu sei que é você, seja como for, é você. Como amigo, como companheiro, como um irmão, como meu eterno herói. Mas é você. E agradeço por ser você o ridículo que me salva nas situações mais bizarras, que me aguenta (às vezes, quase sempre), e que até se dispôs para me dar colo. Mas, eu agradeço em primeiro lugar, por ser você esse cara, e não algum outro qualquer, que não seria capaz de fazer nem metade do que você consegue fazer espontaneamente.”
i-9nove, Gabrielle Colturato.

sábado, 25 de janeiro de 2014

“Querido Jow,

Sabe, é foda ter que enganar a mim mesma, fingir que esta tudo bem, e dizer ao meu sub consciente que tudo ficará bem em poucos dias, mesmo não acreditando que seja verdade.

Fazem exatamente onze dias que tudo acabou, e te juro, pensei que em dois ou três dias já não existiria mais dor. Mas me enganei, já fazem onze, e ainda doí, ainda machuca, ainda existe um vazio gigantesco dentro de mim.

Como John Green diz em um de seus livros, eu me odeio por ter deixado você ir, e me odeio mais ainda por não ter sido o suficiente, pois se eu tivesse sido, provavelmente você ainda estaria aqui.

Mas não, eu fracassei, não curei suas dores, e não consegui fazer você esquecer aqueles que acabaram se ausentando com o tempo. Eu fracassei na minha única missão: ser boa o bastante para o meu “ÚNICO” melhor amigo.

“Give Me Love” toca repetidamente a quase duas horas, o que faz com que eu me odeie mais ainda, pois você não esta ouvindo-a comigo, nem estamos debatendo algo besta e engraçado.

Se eu tivesse sido melhor, se tivesse dado o meu máximo, se eu tivesse ignorado suas amiguinhas e todo o meu ciume, e tivesse deixado de brigar, e tretas contigo por causa disso todas aquelas vezes, talvez ainda tivéssemos juntos. Talvez você teria encontrado em mim algo bom e que sempre procurou, e acabasse se apaixonando de verdade por mim, como eu me apaixonei. Mas eu preferi ser uma péssima namorada e fazer tudo errado, dando ataques e crises.

Eu procurava amor, e achei em você, mas ele se dissipou. E doí, mas essa é a questão, a for precisa ser sentida, e eu a sinto intensamente (pelo menos algo eu faço certo). Penso que a mereço, afinal, chumbo trocado não doí (mas isso é mentira, pois doí em dose dupla!). E caralho, você diz ser um monstro por fazer eu sentir tudo isso, mas na realidade, eu que sou um monstro por ter feito você passar por isso um dia, por eu ter te “abandonado”.

Sinto sua falta, sabe? E espero que no fundo sinta a minha também. E que tudo tenha valido a pena e te feito bem, tanto quanto me fez.

"Pois o foda de tudo isso, é que eu não esperava me apaixonar por você!"”

— Com amor, Gabrielle.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Buquê

“Você estava lindo em meus pensamentos, muito mais lindo do que geralmente esta. Seu All Star estava todo encharcado, junto com mais que a metade de sua calça. Seu casaco estava mais amarrotado que o normal, e seu cabelo… Bem, seu cabelo, como sempre, desarrumado, te dando aquela feição de cafajeste romântico que sempre amei. Em seus braços, um gigantesco buquê de tulipas (minhas flores favoritas) chegava a te sufocar, o buque mais lindo que já tinha visto, mesmo estando um pouco amassado, devido aos metros lotados que, provavelmente, havia pego para chegar até aqui. Seus olhos brilhavam como nunca, e seu sorriso transmitia tudo aquilo que a tempos eu esperava e necessitava sentir. Seu corpo implorava loucamente pelo meu. E seus sonhos e desejos, mais uma vez, voltaram a corresponder com os nossos antigos sonhos e desejos.”
— i-9nove, Gabrielle Colturato.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Acolhedora Dor

E a dor vem a a calhar
Mais cedo ou mais tarde ela vem
Dilacerando-me por inteira.

Guardo os bons momentos comigo
Esperando a saudade chegar,
Chegar e bater à minha porta
Trazendo consigo a dor.

E ela dá as caras quando menos espero,
Fazendo com que eu "sinta-a até os osso"
E mostrando-se presente em sua ausência,
Na ausência de seus beijos e abraços,
Mas principalmente na ausência de si.

Fazendo-se de uma falsa amiga,
Acolhendo-me e abraçando-me.
Porém, acabando com o pouco que sobrou de mim.


Gabrielle Colturato

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Não é mais meu

A chuva despenca lá fora,
E eu despenco aqui dentro,
Tanto por dentro,quanto por fora,
Agarrada a lembranças.

Revivendo como se tudo pudesse voltar
E no rádio aquela música não para de tocar.
Nossos planos?
Se foram, sobrando-me pouco de NÓS.

Palavras mal ditas ou, talvez, nunca ditas
São o que preenche meus pensamentos.
Já em meu coração, bem,
Tenho a saudade como visita de honra.

Sufocada por um "presente distante";
Afogada em recordações;
Presa em um futuro que não é mais meu,
E que sinceramente, talvez nunca foi.


Gabrielle Colturato

sábado, 11 de janeiro de 2014

Equilíbrio Desequilibrado

Luz e Trevas, Bem e Mal
Mantidos equilibrados por séculos
Mas eis que uma "força maior"
Alterou tal passado.E trouxe para esse mundo a discordia.

Todo Bem tem seu Mal
Da mesma  forma que
Todo Mal tem seu Bem.

A guerra esta em andamento
E as Trevas a de perder
Sendo banida de seu poder,
E tendo sua merecida punição.

Basta seu lado escolher
E de encarar "peito" tal disputa.
E apenas lembrar-se que
"A Luz nem sempre equivale ao Bem
E as Trevas nem sempre fazem o Mal".


Gabrielle Colturato

-> Baseado na trama de The House of Night
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domingo, 5 de janeiro de 2014

Serenata

Meu mundo insistia em despencar,
E, como todas as vezes, você estava lá para me segurar.
Trazendo-me de volta para a realidade.

Ergueu-me e curou-me de todas as dores
Preencheu-me com suas próprias partes
E completou minhas amarguras, com as suas,
Tornando-nos a combinação mais doce que eu poderia provar.

Fez de mim uma doce canção,
Uma completa serenata de amor.
Cantada pela voz de deslumbrantes anjos,
E sussurrada honestamente, de você para mim.

O amor nos pegou acidentalmente
Mostrando-se como uma beleza escultural,
Provada e apreciada nas curvas do seu sorriso,
E no doce calor dos seus beijos.


Gabrielle Colturato