sexta-feira, 10 de maio de 2013

Restos

Ventos gélidos me trazem as lembranças de nós dois,
E bagunçam as fotos que, na estante, você largou.
Dou-me conta de todo o tempo que já se passou,
E me pergunto pela milionésima vez, por que esta saudade não cessou.

Um filme trágico, e agora, queimado, foi o que nos restou,
O que me restou, para ser sincera,
Pois nunca se importou com o meu amor,
Amor, que ao partir, você dilacerou.

Hoje, lembrando-me mais uma vez de tudo, dou-me conta de muitas coisas,
Dou-me conta que afeto nunca foi o seu forte.
Porém me questiono em relação a forma de vida que decidiu seguir,
E torço para que um dia eu possa ter todas as minhas respostas,
Só que dessa vez com provas fixas:
De quem você foi, de quem você é.


Gabrielle Colturato

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