sábado, 27 de outubro de 2012

Final

O sangue escorria por entre seus dedos,
Igualmente como as lagrimas em seu rosto.
Cada dolorosa lembrança era causa de uma nova marca,
Uma coleção infinita de cortes por seus braços.

A noite sombria abraçava sua dor inacabável
E dentro do silencio obscuro brilhava um canavial escarlate.
Sonhos despejados em momentos intermináveis sua memoria,
Sobrará-lhe pouco espaço na coisa rude que o mundo se tornou.

Marcas sem fim guardaria para a vida,
Lembranças de uma vida nada agradável 
Pouco sadia, e nada fácil de se lidar.

Aquilo virara uma doença sem cura,
Mexendo totalmente com sua cabeça e lhe levando ao fim.
Perdera tudo com atitudes fúteis e fracas,
Seu mundo, sua vida, seus amigos.

Mas nada mudaria aquela sede pela dor,
E junto do sangue sua vida lhe ia,
E ao seu ultimo suspiro, viveu o que as pessoas lhe privaram,
Com um ultimo sorriso no rosto partiu.


Gabrielle Colturato

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