domingo, 24 de junho de 2012

Ela em mim...

Primeiramente desculpe-me pelo afastamento, ultimamente estou muito sem criatividade para escrever, por isso não tenho escrito nada... Antes de mostrar meu texto, gostaria que dessem uma visualizada no meu Tumblr, e quem tiver comenta deixando o link, que eu verei... O link é: sentimentosporpalavras.tumblr.com

Segue o texto:

Ela chorava ardentemente pelos cantos da casa, desejando que o único que soubesse de suas lagrimas fosse o travesseiro, seu fiel 'amigo', talvez o único que não a julgasse por ser tão sensível.

Ela se lembrava de quando era uma menininha inocente, e que só derramava lagrimas por causa dos tombos que levava quando caia de bicicleta, lembrava-se de todas as vezes que falava para sua mãe: 'Mamãe, quero ser grande como a senhora!!', e lembra que sua mãe sempre respondia: 'Cada tempo no seu tempo, uma hora você vai crescer e vai querer voltar no tempo' e ela duvidava do que sua mãe dizia.

Mas hoje ela vê que sua mãe sempre teve razão, vê que era bem melhor ter que chorar por um joelho ralado, pois sabia que mesmo com aquela 'dor insuportável', sabia que ela acabaria, ela sempre acabava, sabia também que sempre iria curar e viraria uma historia engraçada para a família aos domingos... Mas hoje era diferente, sabia o quanto era difícil curar e suportar a 'dor de um coração partido', e sabe que por mais que ela se cure, nunca será apagada.

Sabia que nada traria de volta seus cinco, seis anos de idade, e muito menos e inocência que tinha acessa em seu coração naquela idade... Chorava por querer tanto crescer e do quanto se arrependia, chorava por saber que nada mudaria o que vinha acontecendo, chorava por ser uma pessoa tão imperfeita...

Ela sabia que nada mudaria as coisas, muito menos suas lagrimas, mas mesmo assim continuava a chorar...

E sabe porque eu sei de tudo isso?? Porque ela vive dentro de mim, e dentro de tantas outras meninas... Talvez o motivo de outras meninas sejam diferentes do dela, mas é sempre por coisas tão iguais... E nada adianta, e nunca adiantará, eu, ela e tantas outras meninas sabemos... Que quando choramos, não é por algo tão ridículo assim...

Somos assim, meninas sofredoras, mas acima de tudo lutadoras, meninas que sabem guardar magoas dentro de um só coração, que sabem guardar sofrimentos horrendos dentro do peito...


Gabrielle Colturato



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