Desperto, de repente, em seus braços. Tenho os cabelos duros e grudentos, tal como meu corpo que parece colado ao seu: efeitos do suor que, horas atrás, empurrava-te para dentro de mim, e motivava-nos a mais.
Observo-lhe dormindo enquanto relembro de seu corpo em sincronia ao meu, demonstrando vontade e desejo. Seus lábios acariciando meu pescoço, peito, barriga e, finalmente, escorregando por entre minhas coxas. Sugando-me. Chupando-me. E depois voltando ao ponto inicial, tirando meu fôlego e rendendo-me.
Suor partilhado. Beijos melados. Respiração ofegante. E corpos vacilantes, roçando-se. Lembro de cada mão e detalhe.
Levanto-me nua, vou à cozinha, tomo minha costumeira xícara de café, e pego-me a escrever palavras soltas no papel vazio, relatando nossos desejos.
Amor, amor, transar com quem escreve, dá nisso, qualquer transa vira rabisco.
Emeli Louise.
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