segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Transar com quem escreve, dá nisso

Desperto, de repente, em seus braços.  Tenho os cabelos duros e grudentos, tal como meu corpo que parece colado ao seu: efeitos do suor que, horas atrás,  empurrava-te para dentro de mim, e motivava-nos a mais.

Observo-lhe dormindo enquanto relembro de seu corpo em sincronia ao meu, demonstrando vontade e desejo. Seus lábios acariciando meu pescoço,  peito, barriga e, finalmente, escorregando por entre minhas coxas. Sugando-me. Chupando-me. E depois voltando ao ponto inicial, tirando meu fôlego e rendendo-me.

Suor partilhado. Beijos melados. Respiração ofegante. E corpos vacilantes, roçando-se. Lembro de cada mão e detalhe.

Levanto-me nua, vou à cozinha, tomo minha costumeira xícara de café,  e pego-me a escrever palavras soltas no papel vazio, relatando nossos desejos.

Amor, amor, transar com quem escreve, dá nisso, qualquer transa vira rabisco.


Emeli Louise.

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