sábado, 19 de setembro de 2015

De Saída

Durante quanto tempo avisei? Eu só implorava por algum afeto e uns poucos motivos que me mantivessem por aqui. Só queria sorrisos espontâneos,  beijos que fossem declarações, abraços que guardassem. Todo o banal afeto que um coração partido precisaria receber.

Quantas vezes avisei? Só queria que a vontade de permanecer junto fosse maior que os temores causados por amores passados, que o ter-me fosse sempre o x da equação na qual nos enfiamos, e que não houvesse tantas coisas mais importantes que darmos certo.

Lembra-se o quanto pedi? Eu não queria mais do que um muro para me cercar e me proteger, é claro que não era nada além de te querer, e desejar que nada interferisse no castelo que montamos, e que eu precisava, mais do que tudo, daquela fortaleza.

Durante quanto tempo e quantas vezes avisei? Lembra-se? O quanto pedi? Agora diga-me o que fez, quais foram suas decisões a respeito, as melhorias que eu tanto precisava? O que fez? Nada.

Eu avisei, inúmeras vezes, durante um tempo incansável,  e agora não resta mais nada, não sobrou mais motivos que me mantenham por aqui... Chegou a hora de partir, está tudo acabado. E agora, não adianta mais mudar, nem mesmo implorar, ou olhar-me com olhos marejados que demonstrem dor e sofrimento, não adianta nem chorar. Minhas malas já estão feitas, e estou de saída para jamais voltar.


Gabrielle Colturato.

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