quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Devaneio Libertino

Lembro-me de nossos corpos enlaçados, nossas respirações compassadas, do calor de seu corpo sendo transmitido ao meu. Lembro-me de cada detalhe, do vento batendo, insistentemente, na janela, do amontoado de cobertas que cobriam-nos parcialmente, deixando parte de nossos corpos nus para fora, das carícias e dos beijos que distribuía por todo o meu corpo despido, dos seus toques calientes. Cada mínimo acontecimento volta-me a mente.

Juntos, em nosso ápice de intimidade, vivemos e compartilhamos momentos únicos que tornam-se melhores a cada vez que damos a nós mesmos o prazer de desfrutar um ao outro.Momentos que instigam ainda mais nossa louca vontade de repeti-los.

Deitada, absorta pelas músicas calmas que dançam em meus ouvidos, revivo cada um dos seus toques, toques dados de olhos fechados e sorriso bobo, toques que deu-me sem preocupar-se em ver, pois conhece cada centímetro de meu corpo e casa uma das artimanhas necessárias para instigar cada parte dele.

Suas mãos, que deslizam pela minha nuca, acariciam minhas costas e desfrutam de todo meu corpo, acendem desejos que não tenho pudores de lhe mostrar. Entre as quatro paredes de seu quarto, somos eu, você e todo o tesão que, a cada toque e resvalecer, aumenta mais... Dominando nossas ações e tirando nossos sentidos.

Deliro com o doce devaneio que leva meus pensamentos à ideia de, mais uma vez, poder deitar meu corpo gélido sob seu corpo fervente, causando o mais delicioso choque térmico em nossos corpos, vivendo mais momentos de êxtase, e saciando-me com a excitante sensação de ter-lhe em mim.

Delicio-me, então, com meus loucos devaneios despudorados que alimentam meu corpo, e dão assas aos meus desejos libertinos.


Gabrielle Colturato

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