sábado, 22 de novembro de 2014

Entre uma caneca e outra de café

São quase cinco da manhã, e ao contrário do teu, meu sono ainda não me embalou e me levou consigo. E por mais gostoso que o quarto possa estar devido ao meu potente ventilador, estiro-me no sofá,  mendigando tua atenção nesse meu momento frágil de insônia repentina.

Mas seu sono sempre me trai, e sempre te derruba antes da hora. Porém, dessa vez dou um desconto, meu homem trabalhador.  Sei bem, e concordo, que ninguém merece trabalhar "logo cedo" em pleno sábado.  Hoje eu perdoo.

O cansaço se faz presente no pesar de minhas pálpebras, e mesmo assim giro de maneira desesperada e agonizante pela cama que parece expulsar-me de sua tão adorada quentura.

A ausência de uma noite bem dormida pode até trazer-me boas palavras, entretanto desolo-me ao lembrar que você não só precisa trabalhar amanhã de manhã, mas que também não pode oferecer-me, aqui pertinho, comigo, aquele conforto tão pacífico que seus braços podem me proporcionar, e assim, aos poucos, me acalmar.

Sendo dessa forma, resta-me esperar o sono chegar, entre uma caneca e outra de café, entre um pensamento e outro, entre um capítulo e outro desse maldito livro que tanto me faz lembrar você.


Emeli Louise

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