O que faço?

Com fones nos ouvidos desligo-me,

As únicas coisas que ainda me prendem no mundo:

São as fortes badaladas da músicas que ouço, paralelas ao bater de meu coração,

São as amargas letras do livro que acompanho.

O que faço tão distante do mundo real?

Estou dentro de uma bolha invisível, mas que esta aqui

Uma bolha, que dentro abriga um mundo separado e diferente do real

Um mundo de poucas coisas necessárias.

Aqui dentro há poucas pessoas, não se passam de cem

São só as pessoas que realmente necessito, as que fazem verdadeira diferença

As que mesmo sem comunicação, ouço-as

São os coadjuvantes, os auxiliadores desse mundo irreal.

Sinto-me tão solta, tão leve quando entro aqui

Não posso evitar, isso esta dentro de mim, faz parte de mim

Quanto mais adio isso, mais me prendo num lugar que não é meu, que não foi feito por mim

O que poderei fazer, se esta bolha é feita por dúvidas.

Dúvidas que trago em minhas costas como dívida

Uma dívida que jamais poderá der paga por mim

Somente por um dos coadjuvantes dessa irrealidade

Que se não paga, se tornará uma guerra real.

E o que poderei fazer agora?

Se carrego uma dívida minha, mas que só pode ser paga por alguém que nem sei quem é.

Qual será o preço dessa dívida?

Uma dívida, feita de dúvidas sobre dúvidas.

Dúvida sobre dúvida, é igual à dívida;

Dívida sobre dívida, é igual à dúvida.

Talvez tudo dentro dessa bolha, resolva-se com uma equação matemática,

Mas uma equação matemática, com resultado nas letras de músicas ou até mesmo dos livros...

O preço disso tudo, é maior que o premio da loteria,

Preço que não pode ser pago com dinheiro, nessa bolha...

Preço que só pode ser pago com algo que venha de dentro de todos os coadjuvantes dessa bolha

Esse preço é o amor, a amizade, a sinceridade e acima de tudo, a união...

De: Gabrielle Colturato

Para: Todos os moradores dessa bolha, em especial: Andreza Briganó, Pe. Gonçalves B. e Kauan, os coadjuvantes do meu dia-a-dia...