segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Sangue Frio

Sua pele pálida contrasta com o tom rosado d'água,
Água esta, tingida pelo tom vermelho escuro de seu sangue
Deixando seu corpo em um tom de dor.

Seus pulsos ardiam, e até que doíam um pouco
Mas dor alguma era maior que a de um coração partido.
A respiração ofegante entregava seu choro sufocado a tempos
E o sangue que lhe cercava, entregava seus novos cortes.

Uma carta suicida havia sido deixada sobre a cama,
A música tocava incessantemente em seu rádio.
E mais uma vez ela estava ali
A um único passo para poder, enfim, partir.

O desespero, junto ao sangue voltaram a deslizar pelo seu corpo
Suas mãos tremiam, e seu olhar assustado encarava aquela lâmina fria.
Em sua carta pediu apenas por amor,
Amor este que será fornecido tarde demais.

Pois mais uma vida se vai,
Mais um corpo se choca no chão manchado de sangue.
Afogada em angustias de sua própria vida,
Acabou se afogando no seu próprio sangue.


Gabrielle  Colturato


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